DA REDAÇÃO
O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, determinou a suspensão das atividades econômicas do time de futebol amador Amigos de WT e de uma empresa mecânica de fachada, que funcionavam para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
A decisão se dá no âmbito da Operação Fair Play, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, no dia 27 de novembro.
O time de futebol pertence a Paulo Witer Faria Paelo (conhecido como WT), tesoureiro de uma facção criminosa de Cuiabá. A empresa foi aberta em 2024, com faturamento mensal presumido de R$ 17,5 mil.
Já a empresa mecânica, A.N.M. Dos Santos, aberta em 2017, pertence a Andrew Nickolas Marques dos Santos, um dos braços direitos de Paulo Witer.
De acordo com as investigações da GCCO, a A.N.M. Dos Santos é uma empresa de fachada que foi aberta com objetivo exclusivo de lavar o dinheiro do tráfico de drogas, liderado por WT.
Da mesma forma, a empresa “Amigos WT Futbol Club” foi utilizada para lavar o dinheiro do tráfico, por meio de atividades esportivas.
Leia mais:
Justiça manda soltar três membros do circulo íntimo de W.T
Justiça nega revogar prisão domiciliar de “laranja” do Comando Vermelho
Tesoureiro do CV usava esposa, "sogra" e irmão em esquema de lavagem, diz polícia
Desembargador mantém prisão de advogada que deu nome para compra carros do CV
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou que a movimentação financeira da empresa é incompatível com o perfil cadastrado, além de destacar recursos expressivos oriundos de terceiros, que não têm relação com a empresa esclarecida.
Também foi identificada movimentação financeira incompatível na empresa mecânica em nome de Andrew Nickolas, que declarou capital de R$ 800 mil, e sinais de alerta em suas transações financeiras.
Além de movimentações de centenas de reais em espécie, realizadas por clientes que normalmente utilizam cheques e cartões de crédito, foram identificados depósitos feitos de forma fracionada, o que, segundo a GCCO, é uma característica da movimentação de dinheiro do tráfico de drogas.
Operação Fair Play
Deflagrada na última quarta-feira (27), a Operação Fair Play é um desdobramento da Operação Apito Final, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
Ambas as operações têm como alvo principal Paulo Witer, o WT, tesoureiro de uma facção criminosa. Ele está preso desde a operação de abril deste ano.
A operação Fair Play cumpriu 19 mandados judiciais, sendo 11 de prisões e 8 de buscas. Também foram decretadas suspensões de atividades econômicas, sequestros de veículos e bloqueios de bens.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.