DA REDAÇÃO
A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (28), a "Operação Unfollow", no município de Sorriso (397 km de Cuiabá), para cumprimento de seis mandados contra um influenciador digital, identificado como integrante de facção criminosa e, que utilizava as redes sociais para cometer e promover a prática de diversos crimes.
As investigações iniciaram após a Polícia Civil tomar conhecimento de um perfil na rede social Instagram, em que eram publicados material referente às atividades da facção, sendo identificado pelo menos três segmentos criminosos: tráfico de drogas, extorsão contra comerciantes e a promoção do grupo criminoso.
Na casa do influenciador, foram apreendias diversas porções de entorpecentes, balança de precisão e um rádio comunicador utilizado por membros de facção criminosa. O alvo e um comparsa foram presos no momento em que chegavam à residência, retornando de uma festa, possivelmente realizada com outros integrantes do grupo criminoso.
O responsável pela gestão do perfil sempre procurava tapar o rosto nas fotografias para dificultar sua identificação, por se tratar de uma pessoa conhecida na cidade, que atuava como influencer utilizando outro perfil no Instagram, em que realizava publicidade de várias empresas da cidade, além de aparecer em programas de televisão.
Nas investigações, foi possível identificar que o investigado levava uma vida social dupla, ora como “influencer”, ora se dedicando à atividade da facção criminosa, onde era conhecido como “Trem Bala”.
Tráfico de drogas
Entre suas atividades, ele era promoter de uma casa noturna na cidade e também atuava com o comércio de entorpecentes, exercendo, dentro da facção criminosa, não apenas a função de comerciante varejista de drogas, mas sim de gerente do tráfico de drogas local.
As atividades ilícitas desenvolvidas pelo suspeito são divulgadas no perfil relacionado às atividades da facção, onde o investigado usa a rede social para impulsionar suas ofertas de venda de drogas ao maior número de usuários possível.
Em uma das postagens, o suspeito convida jovens para se associarem ao tráfico, tornando-se seus “representantes comerciais” de drogas ilícitas.
Extorsão majorada
Também foi possível identificar que o criminoso utilizava seus perfis de rede social para ameaçar os comerciantes de forma velada, forçando empresários a realizar pagamentos periódicos aos criminosos, sob pena de terem seus comércios destruídos ou até mesmo suas vidas ceifadas.
Organização criminosa
Para o delegado responsável pelas investigações, Bruno França, não resta dúvida a respeito da identidade do suspeito, da quantidade de crimes que comete de forma endêmica e de suas gravidades.
Por meio das postagens ficou claro, que o investigado não fazia questão alguma de esconder que integra a facção criminosa e até utilizando um antigo prostíbulo da cidade como ponto de apoio estrutural para as suas atividades criminosas e para realização de festas, frequentadas somente por membros ativos da facção.
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