ALLAN PEREIRA
Da Redação
A despedida do delegado federal Roberto Moreira da Silva Filho, morto aos 35 anos em uma operação policial contra madeireiros ilegais de terras indígenas no município de Aripuanã (a 1.002 km de Cuiabá), foi marcada por homenagens e discursos.
Roberto foi atingido por um disparo de arma de fogo de policiais federais, que richochetou em um caminhão conduzido por um madeireiro ilegal, durante ação de abordagem pela Operação Onipresente neste sábado (27).
Após vir a óbito, o corpo do delegado veio de avião para a Capital. Policiais federais realizaram um cortejo com as viaturas oficiais da sede da instituição até o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para a última despedida. A despedida durou pouco mais de uma hora, mas foi marcada por discursos lembrando o profissionalismo do delegado.
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O delegado federal Jorge Vinicius Gobira Nunes, que fez um discurso diante dos colegas e do corpo de Roberto, lembra que o delegado "era excelente pessoa, agregadora, divertida, alto astral, muito bem disposta". "Quem conviveu com ele, com pouco que seja, sabe do que eu estou falando a verdade", disse.
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Sérgio Sadao Mori, destaca que a instituição perdeu um grande profissional e uma pessoa corajosa.
"Roberto teve uma atuação muito destacada na frente na DELEMPAH. Mesmo com uma curta carreira, Roberto presidiu um grande número de operações, que visavam combater o garimpo e a exploração de madeira dentro de terras indígenas. A PF perdeu um grande profissional, destacado, corajoso e muito idealista. Bastante empenhado na luta contra a criminalidade, especialmente contra os crimes ambientais. Ele fará muita falta para colegas e para instituição", disse em vídeo gravado para a imprensa.
Sérgio também lembrou momentos com o delegado Roberto durante a despedida no aeroporto - veja vídeo.
No Twitter, o ministro da Justiça (órgão na qual a PF está subordinada), lamentou a morte do delegado.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal também lamentaram a morte, em nota de pesar, destacando que Roberto sempre demonstrou profissionalismo e seriedade.
Após as homenagens dos colegas policiais da PF de Mato Grosso, o corpo seguiu o translado para Brasília, cidade natural de Roberto e onde mora sua família.
O enterro está marcado para ocorrer no cemitério Campo da Esperança, Asa Sul, na tarde deste domingo (28).
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