Da Redação
Ordens de execuções consideradas “injustas” por parte de lideranças do Comando Vermelho (CV) a membros atuantes na facção criminosa que predomina em Mato Grosso resultaram em uma ruptura interna e o grupo dissidente cricou a "Tropa do Castelar", um grupo criminoso que ajudou a elevar o número de homicídios no estado.
O surgimento da Tropa do Castelar, que em alguns municípios se aliou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), desencadeou uma guerra entre os grupos na disputa pelo comando do tráfico de drogas na região norte e médio norte do Estado.
A matança dos dois lados provocada por essa guerra elevou em 450% os homicídios na cidade de Sorriso (420 km ao norte) no comparativo entre julho de 2021 e julho deste ano.
A ação violenta mais recente ocorreu na última terça-feira (28), quando uma troca de tiros entre membros da Tropa do Castelar e do Comando Vermelho (CV), em Sorriso, resultou na morte de Paulo Henrique de Souza Silva, de 18 anos. Três adultos foram presos e dois adolescentes foram levados para o centro de ressocialização do munícipio.
Operação Dissidentes
Uma Força-Tarefa de Segurança Pública de Mato Grosso (FTSP/MT), deflagrou em agosto deste ano a Operação Dissidência, que tinha como alvo o grupo de criminosos. 22 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 36 de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro contra os envolvidos foram cumpridos.
Entre as ordens de prisões cumpridas em unidades prisionais está a do líder do Comando Vermelho (CV) Leonardo dos Santos Pires, conhecido como “Sapateiro”. Ele cumpre pena superior a 100 anos de prisão na PCE, em Cuiabá e, apesar de estar em unidade com status de segurança máxima, é dele quem partem as decretações de mortes do CV para os municípios da região Norte, principalmente Sinop e Sorriso
Também em agosto, dias após a operação Dissidência, as polícias Civil e Militar lançaram uma nova operação da edição Força Total, em Sorriso, que cumpriu 61 mandados judiciais, sendo 30 prisões, contra o grupo de dissidentes que formou a Tropa do Castelar.
Dois meses após as operações, outros integrantes da tropa do Castelar foram presos. Kayky Costa França, apelidado de “R7”, e João Vitor Alves Lima teriam responsáveis por uma morte que ocorreu em um Lava Jato da cidade.
No início de novembro deste ano, o delegado local, Bruno França Pereira, disse que a guerra por território do tráfico de drogas no município de Sorriso está produzindo um verdadeiro “estado de terror” as região. A argumentação foi usada para pedir a prisão de mais cinco integrantes da Tropa do Castelar.
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Marcos Antônio de Abreu 04/04/2023
Muito bom ..
1 comentários