GILSON NASSER
DA REDAÇÃO
O empresário Fernando Cruz, dono da empresa Líder Copos, é apontado como principal operador do esquema que aplicou golpes de mais de R$ 1,5 milhão em 30 aposentados em Cuiabá. Ele foi preso na Operação Antenados em sua residência, num condimínio fechado na região do Osmar Cabral, às margens do Contorno Leste.
Fernando é proprietário de uma empresa especializada na personalização de copos localizada na Avenida Mato Grosso, região central da Capital. Porém, a Polícia Civil descobriu uma "atividade paralela", que vinha gerando ganhos maiores e ostentação nas redes sociais.
Além dele, outras seis pessoas foram presas. Os que tiveram os nomes divulgados são: João Alves, outro apenas como Gilson e Diego Rodrigues Assunção. Os demais ainda não tiveram a identificação divulgada. Os nomes dos envolvidos no esquema foram divulgados pelo Programa do Pop (TV Cidade Verde).
Leia mais:
Operação prende 7 por golpes de R$ 1,5 mi em idosos em MT
Imagens de câmeras de segurança mostram a atuação da quadrilha. Eles usam um programa do Governo Federal, denominado Siga Antenado, para irem as casas dos idosos e obterem seus dados. Com documentos e fotos das vítimas em mãos, eles contraíam empréstimos bancários em nome das vítimas, que, além de 'não ver a cor do dinheiro', tinham parte de suas aposentadorias descontadas para pagar a dívida contraída pelos golpistas.
Somente em Cuiabá, foram identificadas 30 vítimas, todas idosas entre 60 e 75 anos, que foram abordadas pelos suspeitos em suas residências.
Com os elementos levantados durante as investigações, a Polícia Civil conseguiu suspender os descontos indevidos que eram realizados nos benefícios previdenciários de 30 vítimas, que estavam enfrentando dificuldades financeiras em virtude do não recebimento integral de seus benefícios.
O escritório de golpes era sediado em uma empresa localizada na Avenida Mato Grosso, em Cuiabá, pertencente ao líder da organização criminosa.
OSTENTAÇÃO
Segundo a delegada responsável pelas investigações, Angelina de Andrade Ferreira, os investigados adquiriram bens de alto valor, como veículos valiosos, imóveis e joias com o proveito dos valores adquiridos com o estelionato. Eles também ostentavam uma vida de luxo com o patrimônio adquirido com a prática desses crimes.
“A operação buscou arrecadar os bens de alto valor agregado e os veículos utilizados pelos investigados, adquiridos com o proveito de crimes, objetivando o sequestro de bens e futura indenização das vítimas idosas e da instituição bancária que os suspeitos usaram para a contratação”, disse a delegada.
ANTENADOS
O nome da operação remete ao significado figurado da palavra que dá nome ao programa do Governo Federal que os suspeitos usaram para enganar as vítimas, demonstrando que a Polícia Civil está atenta a esse tipo de ação criminosa e preparada para o seu enfrentamento qualificado.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.