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GERAL Sexta-feira, 07 de Junho de 2024, 15:10 - A | A

07 de Junho de 2024, 15h:10 - A | A

GERAL / OPERAÇÃO RAGNATELA

Delegado afirma que artistas não sabiam de envolvimento do CV em shows

Shows e festas eram usados para lavar dinheiro de facção criminosa

CECÍLIA NOBRE E VICTOR REAL
Da Redação



De acordo com as investigações da Polícia Federal, os artistas nacionais, contratados pelos alvos da Operação Ragnatela, para realizarem shows em Cuiabá, não sabiam do envolvimento da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Um dos exemplos citados foi a apresentação de Mc Daniel, em 2023, que foi hostilizado por faccionados, precisando interromper o show e sair escoltado.

De acordo com o delegado de Polícia Federal, Antônio Flávio, um dos membros da organização criminosa, que é assessor parlamentar, foi o promotor de eventos que trouxe Mc Daniel do estado de São Paulo para realizar o show na capital mato-grossense. 

“Esse artista, quando estava realizando o show, percebeu que alguns indivíduos na plateia estavam fazendo sinais com apologia a determinada facção criminosa, então ele interrompeu o show e coibiu esse tipo de conduta, como todo cidadão de bem faria naquele momento, e a partir dali passou a ser hostilizado” relembrou Antônio Flávio.

Reprodução

Mc Daniel, hostilizado, Show, Cuiabá, CV, Comando Vermelho

Prints de vídeos do momento em que Mc Daniel parou o show após movimentação de faccionados do CV

Leia mais:

Saiba quem são DJ e dono de bar suspeitos lavarem dinheiro do CV

Veja os carrões apreendidos com faccionados e 'promoters'

O delegado disse ainda que esse promotor de eventos foi punido pelo Comando Vermelho, estando proibido de realizar shows no estado de Mato Grosso pelo período de dois anos.  

Durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (5) a Polícia Federal afirmou que dois dos alvos da Operação Ragnatela, sendo eles: DJ Everton Detona e William Aparecido Costa, conhecido como “Gordão”, dono do Dallas Bar, são suspeitos de realizarem lavagem de dinheiro para o CV, utilizando o capital para realização de shows em Cuiabá. 

De acordo com as investigações, o grupo criminoso é composto por promotores de eventos e agentes públicos, a exemplo do vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (PV), que teve o carro, um Jeep Compass, apreendido durante a operação. 

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