DA REDAÇÃO
O capitão do Corpo de Bombeiros, Daniel Alves Moura e Silva, e o soldado Kayke Gomes dos Santos foram dois dos indiciados pela morte do aluno Lucas Veloso Peres, de 28 anos, no dia 27 de fevereiro deste ano durante um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Um terceiro indiciado é conhecido apenas como Soldado Lopes.
Após a conclusão do Inquérito Policial Militar, o caso está sob análise do Ministério Público Estadual. O órgão será responsável por denunciar, ou não, os militares pelo crime. Caso o processo prossiga, a ação tramitará na 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar Estadual
O capitão, conhecido como "D. Alves", era responsável por ministrar o curso de formação de salvamento aquático no dia do afogamento. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Já o soldado, Kayke Gomes dos Santos, recebeu o indiciamento por maus-tratos a Lucas.
Em relação ao soldado "Lopes", ainda não há divulgação sobre quais crimes ele foi indiciado.
No dia do falecimento do aluno, este tinha relatado mal-estar antes de afogar, de acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil de Cuiabá. Segundo relatos de testemunhas, Lucas estaria tendo dificuldades para realizar as atividades.
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Mesmo assim, ainda com base em informações de testemunhas, foram feitos "caldos" com o soldado, uma manobra feita para testar a respiração debaixo d'água, afundando a cabeça do soldado.
A denúncia aos militares será analisada pelo MPE, que decidirá se torna reús os não os acusados.
O CBMMT divulgou uma nota sobre o caso nesta quarta-feira (15), confira na íntegra:
"Corpo de Bombeiros de MT encaminha resultado da investigação de morte de aluno à Justiça Militar
Caso passa a ser conduzido pelo Ministério Público Estadual
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso encaminhou, nesta quarta-feira (15.05), o resultado do Inquérito Policial Militar do caso Lucas Veloso Peres a 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar Estadual.
O inquérito, finalizado na terça-feira (14.05), concluiu que há indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados.
O caso, que tramita em sigilo, passa a ser conduzido agora pelo Ministério Público Estadual."
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