CECÍLIA NOBRE E VICTOR REAL
Da Redação
Paulo Witer Farias Paelo, vulgo “W. T.”, membro da facção criminosa Comando Vermelho, preso na última sexta-feira (29) no Maceió, utilizava de campeonatos amadores de futebol para realizar lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, em uma movimentação que somou cerca de R$ 65 milhões. Além disso, ao menos dois membros do grupo eram pré-candidatos a vereador em Cuiabá.
A Operação Apito Final, deflagrada nesta terça-feira (2), mirou Paulo e também o irmão dele, Fagner Farias Paelo - este era pré-candidato. Outros alvos da operação são o advogado de W.T., Jonas Cândido da Silva, e outra advogada, identificada apenas como "Fabiane", que foi presa em São José dos Quatro Marcos. Jonas também disputaria a eleição de outubro.
Durante um coletiva de impresa nesta terça, o delegado Gustavo Belão, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirmou que Paulo é tido como uma importante liderança dentro da facção. Segundo ele, durante as investigações, foi constatado que W.T. é um dos tesoureiros do CV.
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“Ele possui dois times de futebol que disputam torneios em campeonatos amadores nomeados “Amigos do WT”. Em um deles, que acontecia em Maceió, no Alagoas, foi realizada a prisão”, disse Belão. De acordo com o delegado, o grupo utilizava de distribuições de cestas básicas, da utilização dos times e por meio da construção de um centro de treinamento, em benefício da facção, no bairro Jardim Florianópolis.
Gustavo Belão disse ainda que o irmão de W.T., Fagner Farias Paelo, que também é um dos alvos da operação “Apito Final”, era pré-candidato a vereador, por Cuiabá, e que diversos carros foram identificados com adesivos que tinham o nome de Fagner, algo comummente utilizado para realizar pré-campanhas de candidatos.
Victor Real/Midiajur
Um dos carros apreendidos durante a operação, adesivados com o sobrenome do pré-candidato Fagner Paello.
Além de Fagner, o advogado de W.T., Jonas Cândido, preso nesta terça-feira (2), durante a deflagração da operação, em Alagoas, também era pré-candidato a vereador por Cuiabá. O advogado estava em Maceió para ajudar, juridicamente, W.T., segundo a polícia.
De acordo com as investigações, Jonas teria colocado imóveis de luxo em seu nome dando indícios de sua participação no esquema de lavagem. Além disso, foi constatado que ele seria o "braço jurídico" do Comando Vermelho.
Segundo Belão, 25 pessoas foram consideradas o núcleo da investigação. Porém, existem outras pessoas envolvidas que, posteriormente, podem ser objeto de uma segunda fase ou uma nova investigação policial.
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Marta Maria da Silva 02/04/2024
Essa não é nenhuma novidade. Pode procurar em quase todos os municípios daqui de Mato grosso que tem muito vereador eleito pelas facções. Só a polícia investigar. Se da eleição passada já tinha, imagina agora que estão dominando.
1 comentários