ALLAN PEREIRA
Da Redação
Três membros de uma quadrilha que furtou R$ 155 mil em pneus de um depósito em Várzea Grande receberam ordens diretamente da prisão, através de um grupo de Whatsapp formado por detentos faccionados, segundo informaçõe exclusivas apuradas pela reportagem do Midiajur.
Os três foram presos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município nesta terça-feira (13). O grupo furtou 264 pneus da empresa Magnum, na região Central da Cidade Industrial, na madrugada do último domingo (11).
Segundo informações recebidas pelo MidiaJur, a quadrilha é composta por mais cinco pessoas. Os líderes são detentos custodiados em presídios de Mato Grosso, que não tiveram a identidade revelada. Eles davam instruções aos três de como praticar os furtos.
Suspeitos usaram grupo de WhatsApp
Os líderes da quadrilha repassavam as instruções por meio de um grupo de WhatsApp. Após a prática do furto, eles excluíam o grupo de mensagens. Os suspeitos também formatavam o celular para destruir as provas.
Os suspeitos presos pela Derf de Várzea Grande foram identificados como Geovane da Silva Rocha, Hildo Marcelo de Barros Júnior e Jorge Luís Rojo Lara, de 33, 28 e 24 anos, respectivamente.
Uma denúncia anônima foi o que levou os investigadores da Derf de Várzea Grande a identificar quem foram os autores do furto realizado último domingo e prendê-los nesta terça-feira (13).
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos levaram cerca de quatro horas para executar o furto. Eles quebraram a parede da empresa e invadiram o local. Em seguida, desativaram o sistema de monitoramento e fizeram o furto da carga de pneus usados em veículos de passeio, camionetes e caminhões.
Jorge Luís Rojo Lara, conhecido como "Colômbia", foi o primeiro a entrar na empresa pelo buraco na parede, que dava acesso ao sistema de monitoramento. Ele tinha a função de desativar as câmeras. O próprio investigado trabalha com instalação de sistema de segurança eletrônica.
Geovane executou a função de motorista. Ele foi detido conduzindo o caminhão-baú utilizado para o transporte dos pneus. No momento da prisão, o suspeito deu uma identidade falsa e também foi verificado que ele não possui CNH.
O motorista também tem passagens por receptação, uso de documento falso, violência doméstica, homicídio e ocultação de cadáver. Contra ele, os policiais checaram que havia um mandado de prisão em aberto, decretado pela justiça do Pará, pelos dois últimos crimes.
Hildo, por sua vez, executou a função de "olheiro". Na direção de um Fiat Uno, ele ficou dando voltas nas imediações da empresa e monitorando uma possível aproximação da polícia para avisar os comparsas. O suspeito ficou no local do furto das 02h30 até às 4h da madrugada. Em depoimento, Hildo apontou que foi "recrutado" pelo "Colômbia" e disse que receberia R$ 3 mil pelo "trabalho".
Hildo possui, segundo a polícia, cinco passagens criminais por roubos e tráfico de drogas. Por também ser monitorado por tornozeleira eletrônica, ele explicou que ficou como olheiro, e não invadiu a empresa para furtar os pneus, para dificultar sua vinculação ao crime.
No momento da prisão de Colômbia, os policiais civis apreenderam maconha e cocaína. Ele também foi autuado por tráfico de drogas.
Quando já estava na delegacia, o criminoso simulou que gostaria de avisar um familiar sobre sua prisão e disse que o contato estava em seu celular. No momento em que o policial lhe entregou o aparelho para verificar o contato, o suspeito o jogou ao chão e quebrou o aparelho, no intuito de destruir as provas. Ele também foi autuado por fraude processual.
Os pneus foram encontrados em um imóvel desocupado, no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá. O caso seguirá sob investigação na Derf de Várzea Grande.
(Com informações da assessoria)
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