ALLAN PEREIRA
Da Redação
Os manifestantes bolsonaristas, que bloquearam uma dos lados da avenida Historiador Rubens de Mendonça (mais conhecida como avenida do CPA) do Hospital do Câncer à rotatória do Parque Massairo Okamura, causaram trânsito a motoristas, motociclistas e usuários do transporte público que precisaram sair da região do CPA ao Centro da Capital na manhã desta segunda-feira (07).
Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro concentram em frente ao 13º Batalhão do Exército (também na avenida do CPA) e pedem a intervenção dos militares no Governo Federal, após o resultado da eleição presidencial que deu vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O trânsito no trecho da avenida do CPA ocorreu mesmo com uma mobilização organizada pelo Movimento Nacional da Resistência Civil (MNRC), que também protesta contra o resultado da eleição presidencial, para que empresas e comércios fecham as portas nesta segunda.
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Segundo informações da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), a Polícia Militar trancou o sentido da avenida do CPA, que liga o bairro ao Centro.
O trânsito está intenso na região e foi desviado para o interior do Centro Político, para que os veículos pudessem retornar a avenida do CPA próximo ao Pantanal Shopping, mas está fluindo, de acordo com a pasta.
Informações publicadas pelo Só Notícias e outros sites locais apontam que mais de 450 empresas de pequeno a grande portes devem fechar em Sinop e Lucas do Rio Verde.
Cidades como Vera, Sorriso, Nova Mutum, Rondonópolis e até na Capital devem fechar as portas nesta segunda.
O objetivo da greve geral do empresariado, segundo o MNRC, é lutar contra a instalação do comunismo.
Em notas, que possuem o mesmo teor, as Câmaras de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, Sinop e outros municípios respeitam "o direito de cada cidadão em manifestar-se de forma civilizada, contra aquilo que não concorda e até mesmo fechar seu estabelecimento, assumindo a responsabilidade por seus atos", além de respeitar à Constituição Federal e ao estado democrático de direito.
"Por outro lado, respeita também o direito de quem não queira se manifestar, mantendo sua empresa em funcionamento. Entendemos que a liberdade e autonomia de cada empresário em decidir o que fazer deve ser respeitada", acrescenta.
O ato no 13º Batalhão do Exército se concentrou neste sábado (05), depois que os mais de 40 bloqueios pelo Estado foram debelados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forças de segurança do Governo, na última semana.
Contudo, nas cidades do interior, manifestantes bolsonaristas voltaram a concentrar atos nas rodovias federais.
Conforme informações da Rota do Oeste, o km 691 da BR-163 em Lucas do Rio Verde foi bloqueado nos dois sentidos, permitindo apenas a passagem de ambulância e carros de passeios.
Já a Polícia Rodoviária Federal informa que há interdição total ou parcial, ou apenas com manifestantes às margens da rodovia e sem bloqueios, em trechos da BR-364, BR-163, BR-158 e BR-174.
O Ministério da Justiça ofereceu reforços da Força Nacional para se colocar à disposição no controle da manifestação, mas o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, ainda não se posicionou sobre a oferta.
Após oito dias do resultado das eleições presidenciais, os bolsonaristas contestam os resultados das urnas, pedem a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de pedir a impugnação do resultado que deu vitória a Lula.
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