VICTOR REAL
Da Redação
Um caso de violência doméstica registrado em 2023 levou à prisão em flagrante de Márcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, por supostamente agredir a esposa, Inês Gemilaki, de 48 anos. Hoje, o casal é suspeito de um atentado a tiros que terminou com dois mortos e um ferido em Peixoto de Azevedo, cometido no último domingo (21). Uma arma de fogo de Márcio foi apreendida no processo de violência doméstica.
Pelo caso dos asssassinatos, Márcio foi preso na manhã desta terça-feira (23) suspeito de ter dirigido o veículo Ford Ranger usado na fuga do grupo. Junto dele também foi preso o irmão, Éder Gonçalves Rodrigues, suspeito de ser um dos atiradores. Inês e o filho dela, Bruno Gemilaki Dal Poz, também suspeitos de entrarem atirando na casa, estão foragidos.
Em 27 de agosto de 2023, Inês um boletim de ocorrência por violência doméstica contra seu marido. No registro, consta que teria ocorrido uma discussão enquanto o casal estava em uma fazenda, na presença da filha de Márcio, uma menina menor de idade.
Segundo a vítima, o desentendimento foi motivado pelo fato de ela não querer entrar no carro com Márcio. Diante da situação, o homem teria agredido Inês com um soco no rosto e forçado a entrada no veículo com uma arma de fogo.
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Durante o percurso da fazenda à residência onde viviam em Peixoto de Azevedo, a vítima relatou que as ameaças continuaram. Segundo ela, estava com dores de cabeça por Márcio ter puxado seu cabelo, além de ter tido sangramento no nariz. A polícia afirma no boletim de ocorrência que foi possível visualizar na mulher um hematoma na região do rosto.
A criança, filha de Márcio, contou aos policiais que Inês teria se machucado sozinha e não viu ameaças com arma de fogo. A menor ficou aos cuidados do irmão do suspeito, Éder Gonçalves Rodrigues, também preso nesta terça-feira após confessar envolvimento no atentado.
O suposto agressor negou as acusações feitas pela mulher, mas admitiu que houve discussão. Ao ser questionado sobre sua arma de fogo, indicou o local onde estava guardado, desmuniciado. Próximo ao local, em uma gaveta, havia munições. O material foi apreendido e Márcio, conduzido sem uso de algemas naquela ocasião.
A defesa de Márcio pediu à Justiça que a arma fosse devolvida. Menos de uma semana antes dos assassinatos de domingo, em 15 de abril, o promotor de Justiça Alvaro Padilha de Oliveira deu um parecer no qual concordava com a devolução da arma ao suspeito.
Contudo, não houve decisão judicial para devolver a arma, que estava devidamente registrada, a Márcio, que é réu por lesão corporal com base na Lei Maria da Penha.
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