Da Redação
Depois que o advogado Alex Sandro Rodrigues Cardoso denunciou a possível manobra protagonizada pela psicóloga G.R.M. e pelas advogadas B.L.L e A.C. para fraudar relatório psicológico com falsa informação de abuso sexual contra sua filha de dois anos, um novo caso veio à tona. Dessa vez, a vítima é o engenheiro civil S.R.L., 34 anos, e seu pai de 60 anos, que também dizem estar sendo prejudicados pelo mesmo modo de atuação e acusações semelhantes.
S.R.L, pediu para não ser identificado assim como seu pai, e relata que há um ano tem vivenciado um verdadeiro “inferno” provocado por uma ação de guarda do filho de quatro anos de idade.
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A ex-companheira, também psicóloga e amiga da G.R.M – inclusive tendo trabalhado com ela por muitos anos em uma clínica, em Cuiabá – levou o filho à psicológica, que começou a realizar uma série de condutas incompatíveis com a psicologia.
Segundo o relato do pai, a psicóloga foi tendenciosa nos procedimentos, principalmente, na visita à casa paterna e dos avós paternos, chegando a colocar no relatório que o pai e o avô são negligentes com o menor e que não dão atenção ao menino. Em contrapartida, em relação à casa da mãe, a psicóloga descreveu que era um ambiente harmonioso e onde a criança “demonstra um vínculo de confiança”.
“Tudo foi muito abusivo. A psicóloga, que agiu como se fosse uma autoridade pública indo visitar minha casa e a dos meus pais elaborou um relatório psicológico acusando meu pai de ter cometido um crime terrível contra meu filho. Essa suspeita foi afastada por laudo médico e pela própria perícia técnica no decorrer da investigação. Meu pai está com depressão e fazendo uso de remédio controlado por estar sendo vítima de tudo isso”, relata.
O engenheiro conta que em conjunto com todo esse contexto, a prática de alienação parental tem se materializado, sendo que ele chegou a ficar quase três meses sem ver o filho, impedido pela mãe J.S.B, 38 anos, que passou a descumprir o acordo extrajudicial firmado após a separação em julho de 2019.
“Antes meu filho passava dois dias da semana comigo, pelo menos. E a relação que eu tinha com a mãe dele era amigável, inclusive, ele indo para minha casa quando ela precisava. Tudo começou a mudar no início de 2020 e a partir daí qualquer coisa passou a ser motivo para registros de B.O. Como uma vez que levei meu filho para brincar e ele teve um leve ferimento no pé. Naquele dia, tinham dois médicos comigo na hora que meu filho se machucou, e eles mesmos recomendaram que não era necessário levar ao hospital. Mas esse evento virou objeto de um B.O que a mãe dele registrou para alegar descuido da minha parte”, detalha.
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O engenheiro conta ainda que a partir de então, sua convivência com o filho passou a ser cercada pela mãe. E hoje só consegue ver o filho aos domingos à tarde e acompanhado de uma babá à escolha da ex-companheira. Além dos indícios de alienação parental contra si, ele afirma que também ocorre a prática contra seus familiares também.
“Para se ter ideia, o filho da minha irmã nasceu, e meu filho só conheceu o primo quase três meses depois, porque a mãe dele (J.S.B) não deixava. E não foi só isso, na época se eu quisesse falar com meu filho pelo telefone ou por vídeo chamada nos horários combinados (por ela), muitas vezes ela o colocava para dormir para evitar de falar comigo. É uma angústia terrível, porque eu sempre tive meu pai muito presente na minha vida, e agora que está sendo minha oportunidade de ser pai, estou sendo impedido por uma questão que não deveria interferir na vida de uma criança de quatro anos. Inclusive, nem o dia dos pais de 2021 eu pude passar com meu filho”, desabafa.
Caso Alex Cardoso
A situação do engenheiro civil S.R.L é muito parecida com o do advogado Alex Cardoso, que revelou fortes indícios de fraude em um processo de guarda da sua filha de dois ano, no qual a genitora apresentou dois relatórios psicológicos controversos, sendo que o primeiro dizia não existir indícios de abuso sexual, e quatro horas depois de registrar o documento junto a um B.O na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) apresentou nova versão do relatório, dessa vez afirmando que havia indícios de abuso sexual.
No decorrer da investigação, ficou comprovado pela perícia técnica de que não houve a prática de abuso sexual na criança.
Providências
Assim como Alex Cardoso, o engenheiro S.R.L. também já representou a psicóloga G.R.M junto ao Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região – Mato Grosso, por infringir o código de ética da profissão.
Em relação à advogada B.L.L, que possui estreitas relações com a DEDM, onde tanto os casos de Alex Cardoso e do engenheiro foram registrados – será representada junto à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), também por agir em contrariedade às condutas previstas no Código de Ética da profissão.
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