ADILSON ROSA
DO MIDIANEWS
A advogada Elvira Kelli de Almeida Cruz foi detida por policiais militares, acusada de tentar entrar com um bolsa contendo 286 chips de celulares, 24 telefones, oito carregadores, quatro fones de ouvido e um adaptador de cartão de memória, além de outros objetos, na Penitenciária Central do Estado.
A prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (5), após a advogada deixar um pacote com os objetos no banheiro da prisão, localizada no bairro Pascoal Ramos, na Capital.
Os policiais informaram que a advogada já estava sendo monitorada há cerca de um mês, antes de entrar na PCE.
Ela foi levada para o Cisc do bairro Planalto, onde funciona o Plantão Metropolitano da Capital, onde foi ouvida pelo delegado plantonista.
Os policiais explicaram que bolsas e/ou pastas de advogados não são revistadas porque são consideradas extensões dos seus escritórios e, portanto, invioláveis.
Nesse caso, a apreensão do material aconteceu já dentro da unidade prisional.
OAB
A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) foi informada da prisão e designou uma advogada para acompanhar o caso.
De acordo com o presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas da entidade, Luiz da Penha, a advogada Carla Colombo foi designada para verificar se os direitos de Elvira Kely Cruz estão sendo respeitados.
Policiais plantonistas informaram que advogada foi autuada no artigo 349, que torna crime o uso de celulares em presídios.
De acordo com o artigo, ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional é crime, sujeito a pena que varia entre três meses e um ano de detenção.
Elvira Cruz assinou um termo circunstanciado e foi liberada.
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