LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), conversou, na tarde desta quarta-feira (29), com Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CADs) que protestavam em frente ao Palácio Alencastro cobrando que fossem chamadas pela nova empresa que detém o contrato com o município. Nesta semana, Abílio rompeu contrato com a Conviva, que atuou até o ano passado, e assinou com a Costa Oeste.
O gestor garantiu que as CADs que atuavam até o ano passado serão chamadas e iniciarão o ano letivo, que começa na próxima segunda-feira (3), trabalhando. "Eu, Abílio, posso cobrar a empresa para fazer o serviço dela. Mas não posso fazer o serviço dela. Eles têm de compromisso comigo é dia 3 o cuidador estar na escola", assegurou.
De acordo com o prefeito, neste ano, serão 1,7 mil cuidadoras atuando nas escolas municipais. No ano passado, eram pouco mais de 900. "A empresa vai trabalhar sábado e domingo para chamar vocês. Aceitou contrato com a gente, se vira. Vai ter que cumprir".
O prefeito ressaltou que, quando decidiu romper com a empresa anterior, tinha duas opções: contratar outra de forma emergencial ou fazer um chamamento público por meio de processo seletivo. "Decidi fazer outro contrato, para manter o emprego de vocês, e pelo vínculo que já possuem com as famílias".
Abílio afirmou ainda que não haverá redução no salário das profissionais, mesmo com a redução no valor do contrato. "(O salário) mesma coisa que acontecia na antiga empresa continua na atual empresa. Qual a diferença? A outra empresa cobrava um valor muito alto para pagar menos para vocês. A nova empresa cobra valor menor e paga a mesma coisa para vocês", explicou.
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Além disso, o prefeito informou às manifestantes que vai propor junto ao Tribunal de Contas um aditivo ao contrato para pagar vale-alimentação, estimado em mais de R$ 300, às cuidadoras. Até o ano passado, elas recebiam uma cesta-básica, avaliada em R$ 160.
"Para propor vale-alimentação, isso sobe no contrato, porque tem que estar o vale-alimentação adicionado no contrato. Quem sanciona o vale-alimentação é o Tribunal de Contas", pontuou o prefeito, destacando que a legislação impede o aumento salarial das profissionais.
"Não dá pra aumentar o salário de vocês. Isso é convencional, isso é o Ministério do Trabalho com a convenção coletiva do sindicato. Por isso que tem esses adicionais (como vale-alimentação), porque o salário é definido em convenção", assinalou.
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