ALLAN PEREIRA
Da Redação
O vereador Fellipe Corrêa é o terceiro parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá a trocar de partido durante o período de janela partidária. No último final de semana, ele assinou a ficha para ingressar no Partido Liberal (PL) para apoiar o deputado federal Abílio Brunini para a Prefeitura de Cuiabá. Ele sai do Cidadania.
“Não seria coerente com minha trajetória estar, neste momento, em outro lugar. O único partido que está com Abílio é o PL até este momento”, explicou à imprensa a escolha pelo PL.
O ato de assinatura ocorreu com a presença de Abilio e do presidente do PL de Cuiabá, Ananias Filho, na sede do novo partido.
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Fellipe estava sendo sondado para ingressar para o União Brasil. Contudo, o partido do governador Mauro Mendes declarou apoio para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho. Já o vereador apoiava o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Apesar dos partidos que devem apoiar o presidente da Assembleia serem todos de direita e terem o Fábio Garcia, o vereador destacou que não seria coerente entrar nenhum deles, ou com os demais pré-candidatos para a Prefeitura de Cuiabá no páreo– o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), o vice-prefeito José Stopa (PV) ou o empresário Reginaldo Teixeira (Novo).
Fellipe foi questionado se a ida ao PL tem mais para alcançar sua reeleição do que com suas convicções políticas. Durante a entrevista, o vereador disse que era fã do ex-governador Dante de Oliveira, que foi um dos líderes para o fim da ditadura militar de 1964. O PL, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como cabo eleitoral, está envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
"O PL tem uma história mais antiga do que esse período recente. Lá, eu entendo que vou poder dar minha contribuição. Mais do que qualquer questão eleitoral, preciso ser honesto. [...]. Não é o contexto mais favorável. Dentro do arco de Botelho, por exemplo, existem dez partidos e seria muito mais fácil de se alocar. Sua pergunta mostra o outro lado do desafio, mas tem a ver com as minhas convicções.
Caminhei com essa turma nessa geração, sempre tive liberdade de discordar, mas minha mãe não me criou para pedir voto para Botelho”, disse.
Fellipe preferiu ir par ao PL por amizade com Abílio e de já ter trabalhado com ele na oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro.
“[Abilio] é um amigo. Eu tenho liberdade em discordar dele em algumas coisas. Acho que é natural que possamos discordar - nem com minha esposa eu concordo com tudo, apesar de obedecê-la. Mas nós temos essa liberdade um com o outro. Acredito que o Abilio ama essa cidade e que não vai, pelo menos com coisa errada, me envergonhar”, destacou.
A chapa do PL deve contar com o presidente da Câmara Municipal, Chico 2000, e a esposa de Abilio, Samantha Iris.
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