ALLAN PEREIRA
Da Redação
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma que o arco de aliança do deputado federal Neri Geller (PP), composta pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), Partido Social Democrata (PSD) e Solidariedade (SD), deve se reunir para discutir a situação do parlamentar que foi cassado e declarado inelegível por oito anos. Para o grupo, ele continua na disputa para concorrer a única vaga ao Senado nas eleições deste ano. O encontro deve acontecer na tarde desta quarta-feira (24).
De acordo com Emanuel, Neri vai se reunir com seus advogados no final da manhã para discutir a repercussão da decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
"No período da tarde, vamos sentar e definirmos, com base na análise jurídica da situação, tormamos a melhor decisão em conjunto. Até essa reunião, está mantido a candidatura ao Senado do nosso companheiro Neri Geller. Vmos torcer para que tudo seja encaminhado da melhor forma possível e, juridicamente, possamos reverter essa situação", disse Emanuel.
Conforme publicado pelo MidiaJur, mesmo que tenha o registro de candidatura indeferido, Neri pode recorrer da decisão e concorrer sob judice, enquanto aguarda a decisão judicial das ações.
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Segundo as investigações do Ministério Público Eleitoral, Neri teria utilizado a conta bancária do filho para mascarar recursos que havia recebido para a campanha eleitoral.
A cassação e a inelegibilidade de Neri foram confirmadas por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, em sessão plenária, na noite desta terça-feira (23).
Após o lançamento oficial da candidatura do filho e deputado federal Emanuelzinho (MDB) do filho para reeleição, na noite desta terça-feira (23), a primeira-dama e candidata ao Governo Márcia Pinheiro (PV) disse que ainda não teve contato com Neri.
"Foi uma surpresa para nós, porém não conseguimos contato com ele nem com sua assessoria juridica. Então assim que a gente sentar e covnersar, vamos ver o que a gente vai fazer. Estamos muito triste com tudo isso. Somos solidários a ele. Terá todo o nosso apoio sempre", disse.
Já o senador Carlos Fávaro, que coordena a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso, destaca que a decisão do TSE é uma prova de que o grupo "estava mexendo contra o poder e contra o Palácio do Planalto".
Disse ainda que Neri foi condenado por ser produtor rural e vender sua produção agrícola para grandes a grandes empresas, reafirma que não tem nada de ilegal nessa operação comercial e classifica decisão como perseguição política.
"Não tenho dúvida, mas nós vamos reverter. Vamos continuar com a candidatura do Neri por que vai ser Neri aqui, e Lula lá, para fazer cada vez mais o Estado de Mato Grosso um lugar melhor para se viver".
Em nota enviada à imprensa, a assessoria de Neri Geller também afirmou que a decisão do TSE só se deu por ele ser produtor rural.
"O deputado federal Neri Geller foi cassado injustamente e prova irrefutável disso foi a decisão em cima de um pedido que sequer fazia parte dos autos. Geller foi condenado por ser produtor rural, e por natureza intrínseca, vender soja e milho. A partir da decisão do TSE, a assessoria jurídica do parlamentar continuará trabalhando pelos meios judiciais cabíveis ao caso", disse por meio de nota.
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