MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP), articula uma aliança com a federação formada por PT, PCdoB e PV, e deu um ultimato ao governador Mauro Mendes (União Brasil): se houver apoio à reeleição do Wellington Fagundes (PL), as chances de caminharem juntos estarão acabadas.
Neri conta com apoio do PP, do qual é presidente estadual e tem o ex-governador Blairo Maggi, do PSD do senador Carlos Fávaro, e do MDB, em conversas com o presidente regional da sigla, o deputado federal Carlos Bezerra. Caso Neri Geller deixe o arco de alianças governador Mauro Mendes, poderia haver um racha na base governista.
De acordo com Neri, houve conversas nos últimos dias com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman, para encaminhar apoio da federação à sua pré-candidatura ao Senado. O diálogo teria envolvido Fávaro.
Leia mais:
"Não vou dispensar apoio de ninguém", diz Neri sobre conversas com PT
Condição para Neri ser candidato da federação é ter Márcia na 1ª suplência
Na quinta-feira (7), Neri foi ao Palácio Paiaguás conversar com Mauro. Segundo o deputado, o governador peddiu mais alguns dias "para tomar uma definição".
"Eu sempre participei do governo Mauro, desde o primeiro dia da eleição, e a minha base estava alinhada com o Mauro Mendes desde o início, estou falando do Partido Progressista, do MDB, do PSD, nós estivemos na base do governador Mauro Mendes. Ele chamou, tivemos uma conversa e essa conversa começa a se consolidar a partir da semana que vem. Estamos propensos a fechar coligação com a esquerda, conversando com os outros partidos todos. Conversando com todos. Então, hoje não tem nada assim... de estar 100% com o Mauro? Eu não tenho isso. Estar 100% fora? Também não está ainda. Nós estamos terminando de consolidar as conversas", disse Neri.
O governador tem buscado aliança com o PL de Wellington Fagundes, em alinhamento com a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Se Mauro apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Bolsonaro, o deputado afirmou que "tem que perguntar para ele".
Além de PP, PSD e MDB, Neri Geller também tenta trazer para seu arco de alianças o PSB, liderado pelo deputado estadual Max Russi. Contudo, o partido tem mantido a pré-candidatura ao Senado da médica Natasha Slhessarenko.
"Nós temos uma tendência muito clara de caminhar, no projeto de Senado, alinhado com esses partidos (federação da esquerda e o arco de PP, MDB, PSD e PSB). A construção do governador, ele me chamou hoje para conversar, me pediu ontem para vir conversar com ele... ele pediu alguns dias para a gente dialogar um pouco mais. Eu vou manter esse diálogo com o Mauro. Não vou dizer que vou estar no palanque do Mauro, mas que também fechei as portas, não, ainda tem espaço para conversar sim", continuou.
O deputado afirmou que não precisa "ser adversário do Mauro, a não ser que ele venha contra mim".
"Se o governador fechar com o PL, não vai ter espaço para eu caminhar com ele. Definitivamente não. Mas nós estamos conversando, até porque, eu sempre falei para vocês, os partidos que deram sustenção é PP, PSD e MDB, e esses partidos eu vou ouvir eles, e o Mauro chamou agora e está avançando nas discussões", pontuou.
"Se o Mauro fechar com o Wellington, acabou qualquer possibilidade de caminhar junto", resumiu.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.