MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Após reunião entre lideranças do agronegócio com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Mauro Mendes (DEM) analisou que não se pode "recriminar" esse tipo de aproximação.
Mauro ainda não anunciou oficialmente, mas se encaminha para disputar a reeleição. Eventual candidatura no Estado deverá ser palanque também para um dos pré-candidatos à presidência da República.
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As especulações, até o momento, giram em torno de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
"É natural que as forças políticas, que o cidadão, cada com a sua opinião, primeiro se respeitem. E segundo, é muito natural que se dialoguem. Nós não podemos recriminar ninguém, acho que a democracia é isso, é o direito de liberdade de manifestação, de expressão, sempre feito com respeito. Nós temos que respeitar todas as opiniões, não importa de onde elas venham", afirmou Mauro na sexta-feira (28).
Lula se reuniu com lideranças do agronegócio em 20 de janeiro, no escritório de seu advogado na Lava Jato, Cristiano Zanin.
Os participantes do encontro têm sido mantido sob sigilo, mas há confirmação de que um dos maiores produtores de algodão de Mato Grosso e um importante deputado da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estiveram na reunião.
Mato Grosso votou de forma massiva em Bolsonaro em 2018, com 66% dos votos válidos. E o agronegócio tem dado apoio quase incondicional ao presidente, apesar de algumas dissidências.
"Nós temos uma candidatura a presidente da República, e o presidente da República não vai ser escolhido em Mato Grosso, vai ser escolhido no Brasil inteiro. Então, nós não podemos ficar aqui cerceando ninguém, impedindo ninguém de apoiar candidato A, B ou C. É um livre direito, a democracia estabelece isso e nós não podemos recriminar nenhum tipo de manifestação", avaliou o governador.
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