Mikhail Favalessa/MidiaJur

Neri Geller, Emanuel, Fávaro, Rosa Neide, federação

ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar seu mandato e torná-lo inelegível por oito anos, o deputado federal Neri Geller (PP) afirma que seu "assassinato político não vai acontecer dessa forma". Ele reuniu aliados da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) em coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa. O parlamentar chegou a chorar ao final de sua fala e disse que "está sendo extremamente injustiçado".

Neri afirmou também que não vai recuar da disputa eleitoral para o Senado e que houve movimentações estranhas que culminaram na decisão.

"Não tenho motivo para recuar. Pelo contrário, se o nosso grupo definir, nós vamos para cima e agora diferente... agora, com chicote na mão. Eu não tenho medo de fazer enfrentamento", disse.

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Destacou também que o Ministério Público Eleitoral induziu os ministros do TSE ao erro e afirma que os depósitos de duas empresas multinacionais - a Bunge Alimentos e a Seara Alimentos - teve origem lícita, sendo provadas com sua declaração de imposto de renda, notas fiscais e com contratos reconhecidos em cartório.

De acordo com o MP Eleitoral, Neri teria utilizado a conta bancária do filho Marcelo Geller para mascarar recursos que havia recebido para a campanha eleitoral.

Neri explicou que ele e seu filho são sócios em uma fazenda em Nova Mutum e disse que transferiu dinheiro para Marcelo para que ele pagasse os custos de produção de milho. Da sobra dos pagamentos, o filho devolveu ao pai. "Fui virado de perna para o ar e não tem uma vírgula que cometemos de recebimento de ilício de qualquer atividade", disse.

O deputado federal afirma que foi cassado de forma injusta e criticou a velocidade com que foi julgado na plenária do TCE, que durou pouco mais de vinte minustos.

"Não sou de sair pelas portas dos fundos. Não devo uma vírgula. Se acharem que vai dar W.O., estão enganados. Eu não devo uma vírgula nesse processo".

Destaca que, após registrar sua candidatura para o Senado, apresentou todas as documentações e o pedido não sofreu nenhuma impugnação dentro do prazo legal.

A defesa de Neri aguarda o TSE publicar o acordão para que protocolar embargos de declaração e outras ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a execução da decisão.

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