MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), afirmou que vai finalizar "três anos de calvário" ao deixar a pasta para se dedicar à pré-candidatura a deputado estadual em 2022.
A previsão do governador Mauro Mendes (DEM) é que os secretários que pretendam disputar eleições deixem o cargo até o começo do ano. O prazo de desincompatibilização acaba em março.
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Inicialmente, Mauro havia dito que os secretários deveriam sair em dezembro deste ano, mas estendeu o prazo.
A situação criou atrito entre secretários pré-candidatos e os deputados da base do Governo na Assembleia Legislativa.
Parlamentares como Janaina Riva (MDB) e Eduardo Botelho (DEM) têm criticado o prazo estendido. Nos bastidores há avaliação de que Gilberto estaria "aparecendo demais".
"Eu acho que a população pode fazer essa avaliação. Aparecer demais é o quê? Trabalhar? Eu me dedico quase 20 horas por dia a essa pasta. Almoço sentado na minha mesa comendo marmitex, e não dou conta de atender todas as demandas da área da Saúde. Eu não fico procurando a imprensa para dar entrevista, é a imprensa que me procura como agora. Então, essa preocupação com a minha gestão enquanto secretário está próxima do fim. Estou a poucos meses de deixar o cargo. Não acho que há essa necessidade de preocupação assim. Esse cargo nunca foi um prêmio", declarou.
Gilberto era vereador por Cuiabá, eleito em 2016, quando assumiu o cargo de secretário, em janeiro de 2019.
Em 2020, não concorreu à reeleição como vereador e permaneceu à frente da Saúde em meio à pandemia de Covid-19.
O secretário ficou 18 dias internado com um quadro grave da doença em dezembro do ano passado, e ficou mais de um mês afastado do cargo para tratamento.
"Eu sou pretenso candidato. Não existe candidatura antes das convenções. Eu não me transformei em político agora. A população e todos aqueles que combatem têm que lembrar que eu era vereador quando aceitei esse desafio. E não fui para um parque de diversões, não. Eu fui para o maior sacrifício da minha vida pessoal. Vou finalizar agora, em dezembro, três anos nesse calvário. Acho que é um prazo suficiente, dei a minha contribuição para o Estado, quase morri nessa missão. Então, assim, aqueles que pensam que tenho apego a esse cargo, como se tivesse sido um prêmio para mim, estão equivocados", defendeu.
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