ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deu um ultimato para o deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Carlos Fávaro (PSD), presidentes dos Partidos Progressista e Social Democrata em Mato Grosso respectivamente, para que rompam com o governador Mauro Mendes (União Brasil) até às 18h desta sexta-feira (07).
Para Emanuel, Neri e sua base de aliança estão usando a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e a sua esposa, a primeira-dama Márcia Pinheiro, como chantagem para ter Mauro não fechar o seu palanque com o principal rival para o Senado - o senador Wellington Fagundes (PL).
"O que eu vi foi uma chantagem pública utilizando a minha esposa. Estão extrapolando. [...]. Ela vem sendo usada, como a federação também vem sendo usada, para servir de chantagem para o governador Mauro Mendes - se você não aceitar ou resolver aqui Mauro, nós [Neri] vamos fechar lá", pontua.
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Neri Geller, que é pré-candidato ao Senado, se encontrou com Mauro na tarde desta quinta (07), no Palácio Paiaguás, para dar outro ultimato - se houver apoio à reeleição do Wellington Fagundes (PL), as chances de caminharem juntos nas eleições estarão acabadas.
No entanto, ao mesmo tempo que mantém diálogo com a Federação, o deputado federal disse que continua ainda articular com Mauro.
Além de PP, PSD e MDB, Neri Geller também tenta trazer para seu arco de alianças o PSB, liderado pelo deputado estadual Max Russi. Contudo, o partido tem mantido a pré-candidatura ao Senado da médica Natasha Slhessarenko.
Emanuel conta que, durante a Conferência Municipal sobre Modal de Transporte entre VLT e BRT, Neri e Fávaro ligaram insistente para Emanuel no final da manhã e alegaram que precisavam falar urgente.
Quando eles contaram que iriam se reunir com o governador na tarde desta quinta (07), Emanuel foi até a sua casa na Capital para encontrar com os dois parlamentares, que foram pedir a garantia do prefeito de apoiá-los para levar Neri ao Senado.
"Eles foram lá pedir a minha garantia que eu iria apoiá-los como prefeito da Capital e que eles faziam questão que a primeira-dama fosse primeira suplente. A Márcia é do PV. Eu não posso falar da federação, mas eu falo por mim como prefeito da Capital. Conversando com eles, [pedi] se vocês romperem publicamente [com Mauro], vocês terão o nosso apoio e, se a federação avalizar, Márcia será a primeira suplente do Neri Geller", relata.
Os dois falaram que a federação já estava conversada e já tinha dado o aval para a formação da chapa com Márcia na suplência e, de acordo com Emanuel, Neri e Fávaro saíram de sua casa com a promessa que iriam romper publicamente com Mauro.
"Estou até agora esperando o rompimento publico", disse Emanuel depois da vistoria dos trens do VLT, no final da manhã desta sexta.
Por isso, o prefeito deu um ultimato para Neri e Fávaro fazerem o rompimento com Mauro.
"Se eles quiserem o meu apoio como prefeito da Capital, eles rompam até às 18h de hoje com Mauro Mendes publicamente. Senão esqueçam da minha vida, que eu vou continuar fazendo política do mesmo jeito. [...]. Não brinquem com a honra da minha esposa e com o espaço que ela ocupou utilizando a nossa família e a federação como moeda de troca ou chantagem política para ter apoio ou não de Mauro Mendes. Se quiserem estar conosco, rompam até 18h. Fora disso, não existe conversa comigo mais", advertiu.
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