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Jair Bolsonaro e Wellington Fagundes devem ser aliados na eleição

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação

Em entrevista a uma rádio de Cuiabá, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que está selado o apoio à reeleição do senador Wellington Fagundes (PL) em Mato Grosso. O acordo, conforme indicado por Bolsonaro, foi fechado pelo presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto.

"O Waldemar é uma pessoa que sabe conversar com todo mundo. Algumas coisas não têm solução, e a gente sabe, né: o que não tem solução, solucionado está. Você pode ver, quando falam do Senado, temos dois Estados, Rio de Janeiro e Mato Grosso, que os nossos senadores são do PL. Então, obviamente, é o Wellington aí, é o Romário lá no Rio de Janeiro, eles têm a prioridade e o direito de concorrer à reeleição. A gente nem discute, no caso em Mato Grosso, se tem alguém melhor que o Wellington. Para mim, o Wellington é importantíssimo no Senado, tem votado com a gente tudo, há um excelente entendimento entre nós, para o Brasil o que ele vota no Senado é excelente a atuação do Wellington", declarou o presidente à rádio Metrópole FM.

A base de apoio de Bolsonaro discute outras candidaturas para o Senado em Mato Grosso, entre elas as dos deputados federais Neri Geller (PP) e José Medeiros (PL), e do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan (PTB).

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Na entrevista, o presidente afirmou com relação a Medeiros que pediu para "baixar a temperatura". O deputado vinha fazendo duras críticas ao governador Mauro Mendes (União Brasil), a quem Bolsonaro também fiou apoio.

"Então, o partido está fechado, eu não entro nessa questão. Eu fui para o partido, eu conversei com o Waldemar, o Waldemar tem seus compromissos. Em alguns Estados o eleitor fica chateado comigo, 'ah, porquê esse cara é candidato ao governo ou ao Senado?'. Aí tem o interesse nosso aqui é a bancada de federal e Senado. Governador a gente compõe, como nós fizemos essa composição com o Mauro Mendes", afirmou.

A ida de Bolsonaro ao PL aconteceu em novembro de 2021, após dois anos sem filiação partidária. O presidente deixou o PSL, sigla pela qual foi eleito em 2018, por divergências com o comandante nacional do partido, Luciano Bivar.

O acerto com Waldemar Costa Neto e o PL foi feito depois de diversas idas e vindas com diversos partidos, entre eles PP, PTB, Republicanos, entre outros.

"E é dessa forma, nem tudo é como a gente quer, como a gente gosta, né. Algumas coisas acontecem, até na nossa vida particular. Comigo aqui no passado, no dia que tinha jogo do Palmeiras ou do Botafogo, naquele horário a minha mulher queria ir no shopping. Pô, logo nessa hora. Daí ela falava comigo, 'ah, você vê futebol todo dia', eu falava, 'meu amor, não tem futebol todo dia, é novela que tem todo dia'. Mas a gente compõe, perde um jogo do Botafogo, perde um jogo do Palmeiras e o casamento continua em ordem. Na política é a mesma coisa, não dá para a gente fazer acontecer tudo que interessa para a gente, tudo que a gente acha de melhor", ponderou Bolsonaro.

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