DO CONSULTOR JURÍDICO
O Supremo Tribunal Federal aprovou, por maioria, resolução que permite a participação de ministros por videoconferência em sessões de julgamento. Único ministro a rejeitar qualquer proposta de adoção de videoconferência no STF, o ministro Marco Aurélio avalia que a medida é inadequada e pode fragilizar a corte.
“Não cabe, sob pena de fragilização do colegiado, de fragilização do Supremo, cogitar-se videoconferência. O julgamento presencial já foi mitigado, e muito, pelo virtual, não devendo sê-lo, na quadra vivenciada, pela adoção da videoconferência. Entendimento diverso revela a adoção, principalmente alterado o Regimento Interno — que deve ser compêndio de normas permanentes —, de prática que acabará por terminar com as sessões presenciais", afirmou.
Para Marco Aurélio, a adoção da videoconferência é desnecessária, pois o que se deve ser evitado é a aglomeração de pessoas, o que não ocorre nas sessões do Supremo com as medidas já adotadas pela corte em relação ao coronavírus, que restringem o acesso às sessões aos ministros, às partes e representantes processuais.
“Há de atuar-se com cautela, sem precipitação que possa fragilizar, ainda mais, o Poder Judiciário, valendo notar que a adoção, no Supremo, da videoconferência será observada pelos demais tribunais”, concluiu o ministro.
Clique aqui para ler o voto de Marco Aurélio
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.