LETICIA AVALOS
Da Redação
Diferente do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), que vê nas recentes taxações impostas pelo presidente estadunidense Donald Trump a outros países uma oportunidade para o Brasil, o governador Mauro Mendes (União) presume que o cenário pode não ser tão benéfico, principalmente para Mato Grosso.
Na opinião de Mendes, a codependência entre as duas maiores economias globais, EUA e China, forçará os países a se acertarem e, quando isso acontecer, o Brasil sairá prejudicado. O gigante asiático é o maior importador de produtos agropecuários brasileiros, setor em que Mato Grosso é destaque nacional.
“Imaginar que os dois [EUA e China] vão brigar, fazer o jogo do ‘perde-perde’, para o Brasil ganhar com isso, eu acho que é uma análise muito equivocada. No final, eles vão se acertar e se eles se acertarem, como o Trump é um grande negociador, isso pode ser um grande problema para o Brasil e, principalmente, para as exportações do agronegócio que é feito para o mercado chinês”, declarou nesta terça-feira (4).
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Na última quinta-feira (30), Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México e 10% sobre importações chinesas, e no dia seguinte declarou que também aplicaria taxas sobre produtos da União Europeia.
Nesta semana, a China respondeu com a taxação de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, e de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns modelos de veículos. Além disso, os chineses também apresentaram uma reclamação à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Já a presidente mexicana Claudia Sheinbaum revelou que fez um acordo para congelar as tarifas por um mês, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também informou ter acordado com Trump a suspensão das taxas.
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