DO MIDIANEWS
Um dos denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por participação de um suposto esquema de cobrança de propina em troca de benefícios fiscais em Mato Grosso, o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, não poderá ser alvo de pedido de extradição do Canadá, país em que ele reside atualmente.
Segundo apurou a reportagem, mesmo que seja condenado, “Chico Lima”, como é conhecido, poderá ficar impune, já que o Brasil não possui um tratado bilateral de extradição com o Canadá.
Alvo da Operação Sodoma, da Polícia Civil e do MPE, ele responderá na Justiça por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O delegado Lidomar Aparecido Tofoli, da Delegacia Fazendária, afirmou ao MidiaNews que o ex-procurador pode estar no Brasil e, em breve, prestar esclarecimentos no curso das investigações.
“Eu não posso confirmar essa informação ainda, mas me parece que ele já se encontra no Brasil”, disse.
"Lavagem"
Segundo as investigações, Chico Lima era um dos responsáveis por trocar cheques recebidos como propina em uma factoring.
No total, conforme aponta denúncia da promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, o ex-procurador “lavou” o montante de R$ 499.998,00 na FMC Recuperação de Crédito Ltda.
Foram seis cheques, no valor de R$ 83.333,00 cada, emitido pela Tractors Parts Ltda., grupo de empresas do delator João Batista Rosa.
De acordo com a denúncia, o dinheiro era pulverizado em outras contas, por Chico Lima, atendendo aos interesses do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf (Indústria e Comércio) e do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Ambos estão presos em Cuiabá, assim como o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, em Cuiabá.
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