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LEGISLATIVO Sexta-feira, 09 de Janeiro de 2015, 10:28 - A | A

09 de Janeiro de 2015, 10h:28 - A | A

LEGISLATIVO / SUPOSTO CAIXA 2

Juiz mantém quebra de sigilo contra Josias Guimarães

Irmão de prefeito alegou que teve quebra de sigilo decretada sem ser citado

LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO



O juiz membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Lidio Modesto da Silva Filho, negou pedido liminar proposto pelo médico Josias Guimarães, irmão do prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães.

Ele requereu que fosse revogada a decisão que quebrou seu sigilo bancário, tomada em ação que acusa Walace e o vice-prefeito Wilton Pereira de abuso de poder econômico, compra de votos e Caixa 2 nas eleições de 2012.

A decisão foi publicada nesta quinta-feira (08).

Conforme Josias Guimarães, um dos desdobramentos da ação resultou na quebra de sigilo bancário do prefeito e do vice, medida que foi estendida a ele, a secretários e doadores de campanha.

Como não foi notificado de qualquer decisão contra si, o irmão de Walace pediu que a decisão fosse considerada nula e que seu nome fosse incluído como parte interessada na ação, “a fim de que lhe fosse oportunizada a apresentação de defesa”.

Em primeira instância, o juiz Otávio Peixoto, da 58ª zona eleitoral de Várzea Grande negou o pedido. Para o magistrado, não há motivos para incluir o irmão do prefeito como parte na ação, pois em caso de eventual sentença que declare a inegibilidade de Walace e Wilton, Josias não seria afetado.

No recurso ao TRE-MT, Josias Guimarães alegou que a decisão feriu “o seu direito constitucional à ampla defesa, contraditório e devido processo legal”, pois foi citado como doador de campanha e acusado de ilícito eleitoral “tendo sido determinada a quebra do seu sigilo fiscal, sem o seu conhecimento”.

Decisão fundamentada

As alegação de Josias Guimarães foram afastadas pelo juiz do TRE-MT, Lídio Modesto.

Ele verificou que não há plausibilidade nos argumentos que autorizem a concessão do pedido, tendo em vista que a decisão do juiz Otávio Peixoto está “devidamente fundamentada”

"Quando decidiu participar da campanha eleitoral da chapa vencedora e fazer doações à mesma, o Agravante, implicitamente, colocou os seus sigilos bancários e fiscal à disposição da sociedade"

ao julgar que possíveis condenações de inegibilidade não atingiram Josias.

“Nesse juízo superficial, não observei que prejuízo poderia advir ao Agravante, oriundo de uma ação em que ele nem é parte. Ademais, a relação processual já está consolidada, na fase de instrução, não sendo mais oportuna o ingresso de outras partes na mesma”, entendeu Lidio Modesto.

O juiz também ressaltou que não foi o Partido Democratas, nem a Justiça e nem o Ministério Público Eleitoral que causaram a quebra de sigilo bancário, e sim o próprio Josias “que deu azo a tal decisão ao optar por realizar doações para a campanha da chapa majoritária que venceu as Eleições 2012 no município de Várzea Grande”.

“Quando decidiu participar da campanha eleitoral da chapa vencedora e fazer doações à mesma, o Agravante, implicitamente, colocou os seus sigilos bancários e fiscal à disposição da sociedade, para que tais sigilos fossem quebrados, na hipótese da existência de indícios de irregularidade, independentemente de ser parte no processo que investiga toda essa situação.

E assim o é porque no confronto entre o interesse público, pertencente a toda a sociedade, e o interesse particular, este deve sucumbir àquele”, pontuou.

Supostos ilícitos

O pedido de quebra de sigilo contra Walace e seus apoiadores foi manejado pelo procurador regional eleitoral, Douglas Guilherme Fernandes, e pela defesa do partido Democratas (DEM), que teve Lucimar Campos (DEM) como candidata à prefeita nas eleições de 2012.

O DEM acusa Walace de ter cometido abuso de poder econômico, compra de votos e “caixa 2” – utilização de dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral.

Na representação, o Partido Democratas alega que o fato de os envolvidos na campanha política de Walace, posteriormente, terem ganhado cargos no núcleo institucional da prefeitura e/ou firmado contratos envolvendo vultosas quantias de dinheiro seria um fator que comprovaria o abuso de poder econômico.

Quanto ao caixa 2, é imputado a Walace supostos gastos irregulares feitos antes que a conta de campanha fosse aberta.

O DEM também o acusa de fraudar a prestação de contas dos gastos com combustível e transporte, levando em conta o valor gasto (R$ 56 mil) com a quantidade da frota utilizada (50 veículos emprestados, 33 alugados e 18 colocados à disposição), o que daria um consumo diário pouco maior que R$ 8,00 por veículo.

Outro lado

A redação não conseguiu entrar em contato com o médico Josias Guimarães nem com seu advogado, Simei Barros.

Leia mais sobre o assunto:

Juiz manda quebrar sigilo de Walace e secretários

TRE manda juiz de VG cumprir decisão contra Walace


Decisão favorável a Walace é "nociva", diz procurador

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