LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor de Justiça Natanael Moltocaro Fiuza, enviou à Justiça parecer contrário ao pedido de liberdade provisória proposto pelo caseiro Anastácio Marafon, 53.
Anastácio é réu do assassinato do ex-secretário de Estado de Infraestrutura Vilceu Francisco Marchetti, 60. Ele confessou ter matado a vítima a tiros após descobrir que Vilceu supostamente teria tentado assediar sua esposa que, junto com ele, era funcionária da fazenda do ex-secretário.
Preso preventivamente desde o dia oito de julho, o caseiro entrou com um pedido no dia 16 para responder a acusação de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) em liberdade, pelo menos em caráter provisório. Ele está preso na Cadeia Pública de Capão Grande, em Várzea Grande.
O promotor Natanael Fiuza confirmou ao MidiaJur que o parecer já foi enviado à Vara Única da Comarca de Santo Antônio do Leverger e deverá ser disponibilizado em breve no sistema de consulta processual.
"Não tenho como fornecer, no momento, maiores informações sobre a argumentação do pedido e a fundamentação do parecer pois não estou com o documento em mãos", relatou o promotor.
Agora caberá ao juiz Murilo Moura Mesquita, titular da comarca, decidir se acata ou não a recomendação do Ministério Público sobre o pedido de liberdade.
O crime
Vilceu Marchetti foi morto na noite do dia 07 de julho, na Fazenda Marazul, localizada na região do Pantanal. A fazenda pertencia a Neri Fulgante e era administrada por Marchetti.
Na ocasião do crime, também estavam na fazenda seus dois netos, de 14 e 9 anos de idade.
Anastácio Marafon já trabalhava para Fulgante há seis anos em outra propriedade e assumiria a administração da Fazenda Marazul. O réu havia chegado ao local há pouco mais de 10 dias, junto com a família.
Ao chegar à sede da fazenda, o ex-secretário teria assediado a esposa do novo administrador, que presenciou a cena, tirou satisfação com a companheira – discussão que teria sido testemunhada pelos netos de Marchetti.
Marafon, então, teria se dirigido armado até o apartamento ocupado por Marchetti na fazenda e entrado em seu quarto.
Após uma breve discussão – ouvida pelo dono da fazenda –, ele teria disparado os tiros contra o administrador e voltado à sua propriedade, atirando a arma no rio durante o percurso.
Leia mais sobre o assunto:
Polícia indicia funcionário de fazenda por homicídio doloso
Réu confesso é transferido; inquérito sai em uma semana
Caseiro disse ter ficado “revoltado” com suposto assédio à esposa
Polícia descarta "queima de arquivo"; inquérito sai em 10 dias
Ex-secretário teria pedido para não morrer, diz a Polícia
Funcionário de fazenda confessa assassinato de ex-secretário
Marchetti foi assassinado por "caseiro" de sua fazenda
Ex-secretário é assassinado com dois tiros na cabeça
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.