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AGRONEGÓCIOS Terça-feira, 07 de Junho de 2022, 08:11 - A | A

07 de Junho de 2022, 08h:11 - A | A

AGRONEGÓCIOS / PROJETO DE LEI

Pecuária em áreas de reserva legal no Pantanal pode triplicar produção, diz pesquisadores da Embrapa

Está em debate na Assembleia proposta que permite exploração econômica de gado em pastagens situadas dentro de áreas de conservação

ALLAN PEREIRA
Da Redação



Pesquisadores Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Pantanal afirmam que a exploração econômica pela pecuária de forma sustentável e com uso correto do fogo pode até triplicar a produção de gado em áreas de pastagens que estão restritas por estarem em reservas legais para conservação ambiental do bioma.

"A gente sabe que a pecuária pode ter ganhos de produtividade com a pecuária e, hoje, a Embrapa demonstrou isso muito bem na nota técnica, possibilitando um ganho de produtividade certamente que vai duplicar ou até triplicar a produção de pecuária na região do pantanal", disse o pesquisador da Embrapa Pantanal, Walfrido Moraes.

Leia mais:

Deputados preparam projeto que permite pecuária em reserva legal no Pantanal

A fala do pesquisador foi feita durante reunião da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa, que busca alterar pontos da Lei do Pantanal (Lei nº 8830/2008) com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Entre as propostas de alteração da lei, está a autorização para a exploração da pecuária em áreas de uso restrito, ou seja, em áreas tidas como de conservação ambiental.

Segundo Walfrido e a pesquisadora Cátia Urbanetz, que também esteve na reunião da comissão, a interpretação do Código Florestal é muito direta no sentido de restringir a pecuária ou qualquer exploração econômica, mas não define quais sãos os critérios de restrição - o que dá uma margem direta para os Estados legislar e normatizar o uso do bioma.

Além disso, na contramão, permite a exploração econômica desde que fosse feito de forma ecologicamente sustentável.

"A gente sabe que a pecuária, especificamente em função da região, é natural do Pantanal. Não tem outro tipo de economia. Baiscamente, é pecuária em função das pastagens nativas", diz Walfrido.

Os pesquisadores contam para a aplicação de um pecuária rentável e sustentável são necessários o manejo do campo nativo, o uso correto de fogo e, eventualmente, a substituição de pastagens de vegetação nativa para cultivada.

A Embrapa Pantanal foi contratada pela Assembleia Legislativa em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio ambiente (Sema), em 2020, para desenvolvimento de estudo técnico e recomendações com o objetivo de subsidiar as formulações de políticas públicas no Pantanal foi feita em 2020.

Desde então, a empresa publicou três notas técnicas.

A primeira delas deu origem ao Decreto n° 785/2021, que permite que proprietários de imóveis rurais possam realizar a restauração de campos após análise técnica do órgão ambiental.

As outras duas tratam da utilização correta do uso do fogo e da formação de pastagens em área de uso restrito do Pantanal.

Danielle aponta que o ponto de vista da Embrapa a política de proibição de fogo para o Pantanal estava equivocado.

"Mas, por outro lado, o uso não pode ser indiscriminado. Tem que ser feito na maneira certa, na frequência e na época certa", diz.

Os pesquisadores destacam que uma quarta nota técnica está em produção para ajudar a Sema e os proprietários rurais a escolher as áreas para a produção de gato, evitar degradação de regiões com vegetação nativa e montar os chamados corredores de biodiversidade, que manterão intocados o ecossistema nativo do pantanal e unirão fragmentos de unidades de conservação separados por ação humana.

"Isso deve ser feito dentro da propriedade rural. A decisão de onde planejar pastos de gado, por exemplo, deve ser feito em cima de critérios para aquelas áreas que causam o menor impacto ambiental ou que o impacto ambiental seja compensado".

A proposta de alteração da Lei do Pantanal também planejava incluir produção de soja e instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), mas, segundo a secretária Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente) e o deputado estadual Carlos Avallone (presidente da Comissão de Meio Ambiente na AL), as iniciativas já foram barradas.

A expectativa é que as propostas da Embrapa sejam levadas em Plenário para que seja votada pelos deputados.

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