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Canal Rural

“Quem disse que os portos brasileiros não podem exportar soja e milho ao mesmo tempo?”. Com esse questionamento, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, abriu a edição desta semana do boletim ‘AgroExport’.

Ao dar a resposta logo na sequência e afirmar que, sim, os embarques para o exterior das duas commodities agrícolas estão ocorrendo em volume significativo e de modo simultâneo, Ferreira apresentou números que, aliás, atestam o crescimento desse movimento. Um período histórico, enfatizou.

 

Com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ele evidenciou que as exportações de soja e milho avançaram neste primeiro trimestre no comparativo com o mesmo período do ano passado.

 

Ao destacar que ainda falta contabilizar uma semana de embarques, a soma das exportações pelo Brasil de janeiro a março de soja e milho estão na casa das 25,6 milhões de toneladas. Nos três primeiros meses de 2022, o volume total foi de 24,4 milhões.

“Hoje, a situação mudou. A distribuição espacial da produção e dos portos faz com que a gente tenha capacidade de exportar volumes significativos de milho e de soja ao mesmo tempo”, disse Ferreira ao participar da edição desta terça-feira (28) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

Números das exportações de soja e milho

 

No caso específico da oleaginosa, Ferreira apontou que o volume do primeiro trimestre de 2023 deve chegar próximo às 20,9 milhões de toneladas exportadas no mesmo período em 2022. Na parcial, o número da Secex é de 16 milhões de toneladas de soja enviadas para o exterior desde o dia 1º de janeiro deste ano.

Em relação aos embarques do cereal, o primeiro trimestre já ficou para trás. Isso porque as exportações de milho no ano já estão em 9,6 milhões de toneladas. Volume que representa quase duas vezes mais as 3,5 milhões de toneladas de janeiro a março de 2022.

 

No geral, Ferreira reforçou a distribuição da produção e da logística. “Estou falando dos portos do Arco Norte, que se estruturam, e dos portos do Sul e Sudeste, que com tecnologia e gestão estão conseguindo ter mais eficiência e embarcar soja e milho ao mesmo tempo”, disse.

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