CLAUDIO MORAES
DO FOLHAMAMAX
O Ministério Público Estadual ingressou no último dia 11 com pedido junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso solicitando o arresto e sequestro de bens móveis e imóveis de três deputados estaduais, seis empresários e um servidor da Asembleia Legislativa envolvidos no esquema de desvio de cerca de R$ 9,480 milhões dos cofres públicos no ano de 2014.
O esquema foi investigado na “Operação Ventríloquo”, inicialmente deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Como as investigações apontaram o envolvimento de políticos com prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça, o caso foi compartilhado com o Naco (Núcleo de Ações de Competência Originárias).
Ao todo, foram 10 pessoas alvos da ação feita pelos promotores do Gaeco, entre elas os deputados estaduais Romoaldo Junior (PMDB), Mauro Savi (PSB) e Gilmar Fabris (PSD).
Os demais denunciados são Ana Paula Ferrari Aguiar, José Antonio Lopes, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit Leila Clementina Sinigaglia Daroit, Odenil Rodrigues de Almeida, Edilson Guermandi de Queiroz.
De acordo com requerimento, o sequestro e arresto de bens visa resguardar a devolução de recursos em caso de condenação dos acusados. "Como se pode ver, os únicos requisitos exigidos para o deferimento da medida são a presença de indícios de responsabilidade e a indicação dos bens sobre os quais deverá recair a medida", diz trecho da petição.
O MPE relata que que foi formado um grupo dentro da Assembleia Legislativa para saquear os cofres públicos.
ASegundo os promotores, o núcelo central da organização era formado por Romoaldo Júnior, Mauro Savi, ex-deputado José Geraldo Riva, ex-servidores Francisvaldo Mendes Pacheco, Luiz Márcio Bastos Pommot e Anderson Flávio Godoi, e os advogados Júlio César Domingues Rodrigues e Joaquim Fábio Mielli Camargo.
É citado que o grupo, em seguida, procurou ocultar a origem dos valores desviados através da lavagem de dinheiro através de empresários e assessores José Antôniuo Lopes, Ana Paula Ferrari Aguiar, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cléber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit, Odenil Rodrigues de Almeida e Edilson Guermandi de Queiroz. O MPE ainda reivindica que o grupo pague uma multa por danos morais a sociedade no valor de R$ 10 milhões.
Lista de bens
O MPE detalhou ainda os bens a serem bloqueados dos réus através de forma liminar. O deputado Gilmar Fabris tem registrado em seu nome apenas um veículo mini Cooper preto.
Já Romoaldo Júnior tem apenas uma moto Yamaha 115 cilindradas. Mauro Savi possui duas fazendas nas cidades de Feliz Natal e Sorriso, além de uma carreta. O empresário Claudinei Teixeira, o Chumbinho, tem vários imóveis sendo em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, além de veículos.
Outros empresários denunciados também possuem grandes propriedades rurais. Por exemplo, Valdir Daroit tem uma fazenda em Nova Ubiratã de 2,420 mil hectares. Leila Clementina Daroit possui uma Porsche Cayene.
Veja a lista dos bens:
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