LETICIA PEREIRA
Da Redação
Informações da Polícia Federal apontam que o vereador por Cuiabá, Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), mantinha uma relação estreita com a organização criminosa Comando Vermelho e chegou a se reunir presencialmente com uma forte liderança da facção, presa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
As investigações da Operação Pubblicare, desdobramento da Operação Ragnatela, registraram também diversas reuniões online entre o parlamentar e outros integrantes do CV.
A acusação da PF é de que Paulo Henrique cooptou servidores públicos para atuarem em esquema de liberação de licenças na Prefeitura de Cuiabá em benefício da organização. O objetivo seria lavar dinheiro por meio do ramo do entretenimento.
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“Durante as investigações percebeu-se que esse agente público [Paulo Henrique] possui uma relação muito próxima com integrantes da facção criminosa investigada na Operação Ragnatela. Identificou-se reunião presencial entre esse agente público e integrantes da facção criminosa, inclusive liderança que foi presa na cidade do Rio de Janeiro, quando desembarcava no Aeroporto Santos Dumont”, disse o delegado Antônio Flávio Rocha Freire, supervisor da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso.
O vereador foi preso na manhã desta sexta-feira (20) e está sendo submetido a audiência de custódia durante esta tarde. Outras cinco pessoas também foram alvos da ação policial, mas não tiveram as prisões decretadas. São elas: Jose Márcio Ambrosio Vieira, motorista de Paulo Henrique; Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, agente de regulação e fiscalização, ex-coordenador na Secretaria de Ordem Pública; José Maria de Assunção; Ronney Antônio Souza da Silva; e Maria Edinalva Ambrosio Vieira, irmã de José Márcio.
Benedito Alfredo Granja Fontes, ex-secretário adjunto de Ordem Pública, também seria alvo da operação. Todavia, ele morreu em março de 2024.
Veja vídeo do delegado falando sobre reuniões de Paulo Henrique e líder de facção:
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