LAICE SOUZA/MÁRCIA MATOS
REPÓRTER MT
Na primeira audiência da ação penal que foi originária da operação “Ararath”, realizada na tarde desta quinta-feira (03), o advogado Ulisses Rabaneda que representa, neste processo, o ex-secretário secretário adjunto de Fazenda Vivaldo Lopes Dias declarou à imprensa que está confiante em conseguir provar a inocência de seu cliente conforme a legislação brasileira, que não o puniria por seu envolvimento financeiro com o agiota Júnior Mendonça, que seria usado como ‘testa de ferro’ em um esquema de lavagem de dinheiro ‘gerenciado’ pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes.
“Transações bancárias, nesse país, não são crimes e a perícia contábil apresentada pelo juiz vai provar a inocência do meu cliente”, frisou.
Vivaldo Lopes, assim como o ex-secretário de Fazenda do Estado, Eder Moraes e sua esposa Laura Tereza Dias, foram indiciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro.
Conforme o inquérito policial, as provas recolhidas indicam a nítida intenção dos denunciados em dissimular os lucros ilícitos. A lavagem de dinheiro se realizaria por meio de um processo dinâmico, que distanciava os fundos de sua origem, evitando a associação diretas deles com o crime.
As várias movimentações financeiras dificultavam o rastreamento dos recursos. Ainda sobres os fatos que comprovariam o crime, o dinheiro era novamente disponibilizado aos emissores depois de ter sido suficientemente movimento para ser considerado “limpo”.
Conforme os extratos bancários, Júnior Mendonça teria transferido de janeiro a março de 2010 o valor de R$ 520 mil para a empresa de Vivaldo Lopes, divididos em seis transferências.
Quando teve a Polícia Federal realizando mandados de busca e apreensão em sua casa e empresa, no dia 19/02/2014, Vivaldo chegou a justificar à imprensa que a suspeita seria a respeito de um depósito de R$ 75 mil, que seriam repassados para o time do Mixto, mas a ‘caderneta’ de Júnior Mendonça, comprovou que a relação entre o secretário adjunto, Eder Moraes e suas empresas era bem maior do que o revelado e havia se tornado corriqueira.
Primeira audiência
Na Quinta Vara da Justiça Federal, em Cuiabá, o delator do suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que teria movimentado R$ 500 milhões em Mato Grosso, o empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, já começou a ser ouvido pelo juiz Jeferson Schneider. A audiência ocorre a portas fechadas, sem a participação da imprensa.
O delator do suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que teria movimentado R$ 500 milhões em Mato Grosso, o empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, será ouvido a partir das 13h30, desta quinta-feira (3), na Quinta Vara da Justiça Federal, em Cuiabá, pelo juiz Jeferson Schneider.
Na oitiva desta quinta-feira, Mendonça deverá reafirmar todas as informações que ele repassou na fase do inquérito policial que revelou o suposto esquema.
No local os réus Vivaldo Lopes,Laura Dias e o empresário Luis Carlos Cuzziol aguardam serem chamados pelo juiz.
Somente Eder Moraes Eder Moraes, que está preso há 43 dias em Brasília, no presídio da Papuda, irá participar por meio de videoconferência.
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