O governador Mauro Mendes afirma que sempre foi aberto ao diálogo, o que não é verdade. Por diversas vezes o sindicato do sistema penitenciário tentou marcar reunião junto à casa civil para tratar a respeito da reestruturação salarial dos servidores, porém sem sucesso. Sempre surgiram imprevistos que impediam que esta reunião acontecesse. A categoria sim, sempre foi aberta ao diálogo com o objetivo de resolver essa situação. Atualmente os policiais penais fazem parte do rol da segurança pública, prevista no art. 144 da Constituição Federal. É justo que a categoria possua uma salário equivalente as demais forças de segurança pública. O governador enxerga os policias penais como participantes do rol da segurança pública apenas no que tange aos “deveres”, mas nunca em relação aos “direitos”. Atualmente os policiais penais exercem a segurança interna e externa das unidades prisionais, serviços de contenção contra motins e rebeliões, escoltas estaduais e interestaduais, recaptura de reeducandos que violaram a tornozeleira eletrônica, custódia intramuro e extramuro realizada nos hospitais, cumprimento de mandados de prisão, citação, notificação, intimação, checagem e cumprimento de alvarás de soltura. É evidente que várias dessas atribuições pertenciam à policia militar e aos servidores do poder judiciário e hoje estão sob a responsabilidade do sistema penitenciário. Os policiais penais saem de suas casas para trabalhar e não sabem se voltarão para casa, porque em sua rotina de trabalho estão sempre expostos à ameaças de facções criminosas por trabalharem para manter a ordem dentro das unidades. A profissão de policial penal é considerada a 2ª mais perigosa do mundo, perdendo apenas para os mineradores. Esta na hora de Vossa Excelência olhar para a categoria com o devido respeito e dignidade que ela merece.

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