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POLÍTICA Segunda-feira, 04 de Julho de 2022, 15:51 - A | A

04 de Julho de 2022, 15h:51 - A | A

POLÍTICA / DEFESA

Paccola reafirma versão de agente socioeducativo armado e aponta que agiu da forma correta

Vereador avalia, após ocorrência, se pede licença da Câmara

ALLAN PEREIRA
Da Redação



O vereador e tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) negou a versão de que o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido como "Japão", estava com um celular e não tinha sacado a arma para a namorada Janaina Sá.

"Eu tenho convicção que as imagens vão mostrar que a versão que eu coloco, diferente do que algumas pessoas estão dizendo de que ele não estava com a arma na mão, que não sacou ou coisa parecida. É uma fatalidade, infelizmente. Não sei qual seria o desdobramento - se ele iria atirar nela ou em mim -, mas tomei a atitude para qual fui treinado", relatou Paccola na manhã desta segunda (04), na sede da Câmara Municipal de Cuiabá.

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"Japão" foi morto por disparos efetuados por Paccola na noite da última sexta (04), próximo ao bar e restaurante Choppão, na região Central de Cuiabá.

O vereador falou com jornalistas na sede da Câmara depois de se reunir com os vereadores para explicar o ocorrido.

Para a imprensa, Paccola reforçou que "agiu na certeza de ter feito o procedimento técnico da forma correta" ao atirar no agente socioeducativo e disse que a intenção da ação era "neutralizar a injusta agressão com os meios necessários e disponíveis".

Disse também que se sente enlutado e triste por ter tirado a vida "de um colega de profissão" e que se coloca no lugar da família e namorada de Alexandre pela dor causada.

O parlamentar contou que fez três disparos depois de ver o agente socioeducativo sacar uma arma e fazendo menção de atirar na namorada.

"Ela estava de frente para ele. Quando ele abaixou a arma, eu verbalizei para largá-la por três, quatro ou cinco vezes, não consigo lembrar. Era para ele ter abaixo a silhueta e colocado a arma no chão, mas ele não obedeceu a ordem. Naquele momento, entendendo que ele já ia atirar nela ou naquele movimento de giro para atirar em mim, eu fiz os disparos para neutralizar aquela injusta agressão", detalha.

Novas imagens do circuito de segurança do local mostram, no entanto, que Paccola atirou nas costas de "Japão" e que o agente não pode esboçar qualquer reação.

Disse que, após os disparos, pediu para o assessor chutar a arma que estava na posse do socioeducativo para longe dele, pegá-la e desmuniciá-lo.

Em seguida, conta que a namorada de Alexandre veio para cima dele e tentou pegar a arma dele e do agente socioeducativo, que estava em posse do assessor.

O vereador negou que tenha havido adulteração de cena pela arma ter sido retirada do agente socioeducativo e afirma que, primeiro, a preocupação é com a segurança do local e depois com o isolamento da cena.

Aponta que não foi preso em flagrante por ter se apresentado de forma espontânea à polícia e que entregou as armas (tanto a dele quanto do agente socioeducativo) para a polícia.

Versões conflitantes e pedido de cassação

Paccola evitou contestar a versão apresentada pela namorada de Alexandre, que afirmou que o agente socioeducativo estava com um celular na mão, que não ocorreu nenhuma briga de trânsito e que o vereador atirou sem que a vítima pudesse esboçar qualquer reação.

"Eu não quero entrar aqui nessa questão de polarizar com a viúva, principalmente pela forte emoção que ela sofre, mas as imagens elas vão falar por si só. Senhores, não preciso aqui contestar ou dizer que ela não está falando a verdade. Acredito que são mais de 30 testemunhas. São inúmeras, são mais de dez, quinze pessoas, presenciadas".

Paccola afirma ainda que ainda avalia a possibilidade de afastamento da Câmara, já que o início do recesso parlamentar na Câmara começa na próxima semana, argumentando que não quer tomar uma decisão precipitada a vai tomá-la junto com a família e advogado.

Sobre o pedido de cassação que foi protocolado pela vereadora Edna Sampaio (PT), já na manhã desta segunda, Paccola disse que não esperava que fosse utilizada essa situação para uma questão de cunho político.

"Mas ela tem liberdade, o mandato é dela. Ela já fez outros pedidos de afastamento. Não é questão de direita ou esquerda, de Lula ou Bolsonaro, ou qualquer coisa do genero. Foi uma situação que não atuei como vereador; atuei como policial. Respeito a decisão dela, o pedido dela, a Comissão de Ética vai fazer a avaliação. Não tenho preocupação com relação a isso. Estou pronto para responder", pontua.

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