MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O deputado federal Neri Geller (PP) fez dura cobrança ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, sobre uma solução para a concessão da Rota do Oeste na BR-163, em Mato Grosso.
Para Neri, é necessária uma decisão urgente.
“Chega de ser frouxo, tem que resolver”, disse o deputado, na última sexta-feira (8), durante evento de entrega de tratores, na Arena Pantanal, em Cuiabá.
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“Uma posição tem que ser do Governo Federal. Eu sou da base, temas importantes e difíceis nós enfrentamos para defender o Governo Bolsonaro, mas o ministro Tarcísio agora tem que tomar uma decisão. Ou faz a cura do contrato e começa a duplicação, ou entra com a rescisão, não tem mais o que esperar. Não é uma decisão política, é uma questão de obrigação”, cobrou.
Neri sofreu um acidente na rodovia, quando saía de Cuiabá em direção a Lucas do Rio Verde (332 km ao Norte da Capital), na noite da última terça-feira (5).
“Eu sofri um acidente nesta semana. Vvocês acompanharam, trabalhei intensamente. Aí, fui embora para Lucas do Rio Verde e vi lá: às 20 horas começou a chover, minha caminhonete rodopiou, levou três tombos, e quase houve gravidade de segurança e de vida. Eu andei de carona depois disso até Lucas e vi outros quatro acidentes. Alguma coisa tem que ser feita. Chega de paciência, agora temos que pressionar para uma solução. Não é crítica, é solução, chega de conversa, tem que resolver”, declarou.
O deputado evitou colocar a culpa diretamente na Rota do Oeste ou na falta de ação do Governo com relação à concessão.
“Foi a chuva, não estou jogando a culpa do meu acidente na Rota do Oeste ou no Governo Federal, mas se tivesse uma estrada duplicada seria mais difícil acontecer o acidente”, pontuou.
A concessionária negocia um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ligada ao Ministério da Infraestrutura (Minfra). Em visita a Mato Grosso, em julho, o ministro Tarcísio Freitas prometeu uma solução até a primeira metade de setembro. O prazo expirou sem que o TAC fosse assinado.
Na mesa, o Minfra e a ANTT têm uma proposta de mudança do controle acionário da Rota do Oeste, com a saída da Odebrecht Transporte (OTP) e com a entrada da MT Sul e da holding JLS (Júlio Simões), entre outras empresas.
A previsão seria de R$ 3,2 bilhões em investimentos para duplicação da rodovia até Sinop.
Sem o TAC, a solução seria a caducidade do contrato de concessão da rodovia. O processo, que já está em fase inicial, porém, seria mais demorado, atrasando ainda mais a duplicação.
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