ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) indicou que o Palácio Paiaguás não deve ajudar na reconstrução do prédio do Shopping Popular, mas ajudar os lojistas com uma linha de crédito. Para a imprensa, Mauro disse que o Shopping Popular desenvolve um negócio comercial e privado, o que contraria os interesses do Estado caso auxiliasse na reconstrução do centro comercial.
"Todo mundo sabe que aquilo ali é uma atividade empresarial privada. Alguém alugava aquilo, ganhava dinheiro com aquilo, arrendou aquele estacionamento e também estava ganhando dinheiro. Então, não pode o Poder Público ir lá agora e socorrer quem, no exercício da profissão, ganhava dinheiro. Temos que atender o clamor social. Agora, não podemos sair tomando decisões e torrando dinheiro público desnecessariamente. O prédio, quem construiu e quem alugava, não tomou algumas providências que deveriam ser tomadas", disse.
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Para o Olhar Direto, o presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá, Misael Galvão, afirmou que os recursos vinham do pagamento de uma taxa de R$ 1.520 dos 600 lojistas do centro comercial e que não teria dinheiro para reconstrução do estabelecimento por estar com o caixa zerado.
Políticos defenderam então o auxílio para a reconstrução do prédio do Shopping Popular, mas a promessa não encontrou respaldo jurídico para a iniciativa.
De acordo com Mauro, a agência Desenvolve MT prepara um programa de linha de crédito voltado para os lojistas com uma linha de crédito para retomarem seus negócios. A ideia preliminar é oferecer empréstimos com juros mais baixos para os associados do Shopping Popular. Como qualquer crédito, o valor tem que ser pago.
Em 2013, quando era prefeito de Cuiabá, Mauro sancionou a concessão da área pública onde foi construído o Shopping Popular em troca da reforma do Complexo Esportivo Dom Aquino, do Centro Comunitário e também do miniestádio do bairro. A cessão da área tem duração de 30 anos.
Apesar da área pertencer a Prefeitura de Cuiabá, a construção do atual prédio do Shopping Popular foi feito com dinheiro dos próprios lojistas. "Era uma atividade privada. Ali era uma atividade empresarial que estava sendo exercida e que muita gente alugava, mercantilmente, aquele espaço", disse.
O prédio do Shopping Popular foi destruído por um incêndio na madrugada de 15 de julho. De acordo com a Polícia Civil, um segurança do centro comercial, que constatou o início do fogo, confirmou que a origem da fumaça ocorreu do lado de dentro do centro comercial, entre o forro de gesso e a laje do piso superior, por onde passa parte elétrica e a tubulação de água.
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