MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A maioria dos deputados federais de Mato Grosso votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o valor das despesas com precatórios no orçamento federal.
A PEC nº 23/2021 foi aprovada, em 2º turno, na Câmara dos Deputados, por 323 votos a 172 - 15 a mais do que o mínimo necessário para mudanças na Constituição, 308 -, na noite de terça-feira (9).
Na votação em 1º turno, no último dia 4, só a a deputada Rosa Neide (PT) votou contra a proposta.
Leia mais
Câmara aprova em 2º turno texto-base da PEC do Calote
Metade da bancada de MT vota por calote em precatórios
Na ocasião, votaram a favor os deputados Leonardo Albuquerque (SD), o Dr. Leonardo, José Medeiros (Podemos), Neri Geller (PP) e Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho.
Nelson Barbudo (PSL), Carlos Bezerra (MDB) e Juarez Costa (MDB) não participaram dessa votação.
Na terça-feira, o grupo a favor do Governo ganhou o reforço do deputado bolsonarista Nelson Barbudo (PSL).
Bezerra e Juarez participaram da votação e votaram contra a denominada PEC do Calote.
A petista Rosa Neide manteve seu voto contrário.
POLÊMICA - A conclusão da votação da PEC na Câmara, na noite de ontem, é considerada mais uma vitória do Governo Jair Bolsonaro e de Arthur Lira (PP-AL), preisdente da Casa.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios dá calote em dívidas judiciais da União.
A medida é prioridade do Executivo para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 de dezembro até o final de 2022, ano em que Bolsonaro deve disputar a reeleição, além de abrir espaço para outros gastos federais.
Pela proposta, cerca de R$ 90 bilhões devem ser liberados para despesas no próximo ano.
Os deputados rejeitaram propostas de supressão de dispositivos da PEC no segundo turno.
A medida segue para análise do Senado, onde deve encontrar mais dificuldades, segundo avaliação do próprio Bolsonaro.
Apesar de perder apoio na bancada do oposicionista PDT entre o primeiro e o segundo turnos, o governo e o presidente da Câmara conseguiram ampliar a base de apoio à PEC nesta terça.
Entre outras estratégias, patrocinaram uma operação que envolveu distribuição de R$ 1,4 bilhão em emendas parlamentares nas últimas duas semanas.
Para isso, foram usadas as emendas do relator do Orçamento, cuja distribuição atende apenas a critérios políticos e que foram suspensas nesta terça pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Com informações da Folhapress
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.