ALLAN PEREIRA
Da Redação
Um grupo de mães protestaram na Câmara Municipal de Várzea Grande, na manhã desta terça-feira (11), para reivindicar policiamento da Guarda Municipal nas unidades escolares do município.
As mães que levaram cartazes pedindo segurança nas escolas e creches estão assustadas com as recentes notícias de massacres em uma creche de Blumenau (Santa Catarina) e na capital de São Paulo - onde morreram quatro crianças e uma professora de 71 anos, respectivamente.
Uma das mães era a dona de casa Daiana Verônica Andrade de Oliveira, de 52 anos, que tem um filho portador de necessidades especiais e quatro netos matriculados em unidades escolares de Várzea Grande.
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Para a imprensa, Daiana afirmou que não consegue dormir com medo de perder os filhos depois das notícias dos massacres.
"Não estou mais conseguindo dormir. Estou preocupada. O bem mais precioso são os nossos filhos! Estou querendo a ajuda do prefeito Kalil, eu votei nele, então tenho como exigir. Os vereadores, deputados, o que for, nós queremos ajuda. Vai esperar acontecer para depois ter que tomar providências com alguma coisa?", questiona.
A dona de casa não deixou o filho e os demais netos irem para a escola nesta semana por não sentir segurança sem o devido policiamento nas unidades.
Nesta quarta-feira (12), está marcada uma reunião que irá definir o início do processo para instalação de câmeras de monitoramento nas unidades estaduais de ensino, como forma de oferecer mais segurança no ambiente escolar.
A reunião será comandada pelas Secretarias de Estado de Educação e de Segurança Pública, com a participação do Ministério Público Estadual, Conselho Estadual de Educação e Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso). O encontro irá acontecer na Seduc.
Policiamento nas escolas foi pauta também na Câmara
O policiamento nas escolas de Várzea Grande também foi pauta de falas e discursos na tribuna da Câmara de Várzea Grande.
Membro da Comissão de Segurança, o policial militar e vereador Sargento Denival Galibert (União Brasil) conta que se reuniu com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, que sugeriram mais rondas pelas escolas, a disponibilização de botões de pânico (semelhantes ao usados pelas mulheres vítimas de violência doméstica) para acionar a polícia em casos de ataques, aulas de defesa pessoal aos servidores das escolas, entre outras medidas.
As mães, no entanto, são contra as rondas. Elas reivindicam a presença de um agente da Guarda Municipal, ou até mesmo da Polícia Militar, nas escolas. Reforçando o pedido das mulheres, o vereador Pablo Pereira (União Brasil) se posicionou contra as rondas.
"A ronda não vai ser efetivamente combativa. Ela vai passar. Tem que ter essa segurança fixa nas escolas para cuidar de nossas crianças. Acredito também que, falando administrativamente, nós não temos um efetivo na Guarda Municipal para fazer isso. Temos mais de 87 escolas e creches no município, e cerca de 115 homens, se nada mudou", diz.
Após discussões sobre o assunto entre os parlamentares, o vereador Enfermeiro Emerson (PP) sugeriu contratar seguranças armados de empresas privadas igual a de instituições bancárias.
"Por que não ter esses seguranças privados nas escolas? Vimos ontem que, na fala do senador Jayme Campos, o efetivo da Polícia Militar é pouco para atender o Estado de Mato Grosso. A Guarda Municipal também. Eu acredito que, de emergência, é necessário fazer com que a prefeitura contratasse uma equipe de seguranças privados", defendeu, com o apoio de alguns colegas parlamentares.
Ao final da discussão, o presidente da Câmara, vereador Pedrinho (União Brasil), apontou que o uso da Guarda Municipal nas escolas ou contratação de seguranças privados têm que ser iniciativa do Executivo.
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