A candidatura de Lula à reeleição é amplamente defendida dentro do PT e o próprio admite publicamente o desejo de tentar um novo mandato. Em 15 de maio, em evento no Rio Grande do Sul, disse que não quer morrer, porque pensa ainda em disputar mais “10 eleições”. Nesta terça-feira, o petista disse que vai precisar "pensar muito" a respeito para verificar seu estado de saúde e resistência física:

— Mas não é a primeira hipótese, nós vamos ter que pensar muito, eu sei que vou estar com 80 anos, tenho que medir qual é meu estado de saúde, qual minha resistência física, porque quero ter responsabilidade com o Brasil mas não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista. Não vou permitir que esse país volte a ser governador por um negacionista como nós já tivemos. Esse país precisa de muita verdade para se transformar no país maravilhoso que temos que construir.

Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que foi orientado a não falar o nome do seu antecessor, Lula disse que Bolsonaro não se preocupava com o orçamento e deixou "o Congresso fazer o quisesse":

— Deixa eu te contar uma coisa, no governo Bol..., no governo passado, estou pedindo para não citar o nome do governo anterior, então, no governo passado, na verdade como ele não governou o país, porque ele governou a indústria de mentira e fake news.

Lula falou das dificuldades de tratar, pela primeira vez, com uma extrema direita ativista no país:

— Nós não tínhamos a experiência nesse país de uma extrema direita ativista como nós temos hoje e uma extrema direita pouco pragmática na política e muito pragmática nas mentiras. Então, estamos vivendo outro mundo, outra realidade, então, não subestimei o Congresso, eu sei quantos partidos elegeram cada deputado, sei perfil de cada partido político e sei nosso tamanho.