LETICIA AVALOS
Da Redação
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defendeu que o Partido dos Trabalhadores articule a criação de uma grande federação de centro-esquerda, abarcando os principais partidos da ala, como o PSOL, PSB, PDT, Rede e Avante, além do PV e PCdoB que já compõem uma federação com o PT. O objetivo seria fortalecer a esquerda nas eleições de 2026 pra disputar contra as alianças de direita e centro-direita.
Além da federação, o petista ainda sugere uma aliança com o partido do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o PSD, que é uma legenda considerada de centro. Para ele, a vinculação seria benéfica tanto em nível nacional, quanto regional.
“A federação verticaliza o país todo, então, nos permite construir uma federação de centro-esquerda ampla com todos esses partidos. E ainda nos permite uma aliança forte aqui no estado com o PSD, que é um partido de centro, para a reprodução da disputa nacional aqui no estado”, disse.
Segundo Lúdio, as discussões no partido devem começar esta semana e as articulações devem se estender até 2026, que é quando termina o prazo para firmar as federações.
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Após resultados inexpressivos nas eleições municipais deste ano, a principal preocupação do PT em Mato Grosso é ter uma chapa competitiva nas eleições estaduais, principalmente para os cargos ao Senado e ao Governo. E, para isso, o deputado considera até mesmo cooptar lideranças da direita que estão “sobrando” nas articulações dos próprios partidos, como o senador Jayme Campos (UB), os deputados estaduais Eduardo Botelho (UB) e Max Russi (PSB), e a deputada estadual Janaína Riva (MDB).
“De um lado, nós temos que nos esforçar para a reeleição do Fávaro ao Senado. De outro lado, nós temos que ter uma candidatura competitiva para o Governo do Estado, para apresentar um projeto novo, numa frente que reúna a centro-esquerda, uma parte do centro e uma parte da direita. Porque a extrema direita está consolidada em Mato Grosso e terá uma chapa. [Então] há uma parcela da direita, que hoje está no entorno do atual governo, e eu não consigo visualizá-la coesa em 2026”, afirmou.
O parlamentar deixou claro que nenhum acordo foi firmado com qualquer um desses políticos e tudo se trata de especulações baseadas nas suas próprias interpretações do cenário político.
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