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DA REDAÇÃO

Em coletiva com a imprensa, o deputado estadual Allan Kardec (PSB) aproveitou que falava sobre as conclusões da investigação da CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, para alfinetar e criticar a decisão do empresário Valdinei Mauro de Souza, conhecido como Ney Garimpeiro, de interromper doações ao hospital do município de Poconé após a vitória de Lula no município.

Allan começou afirmando que as testemunhas ouvidas na CPI foram categóricas em relatar que, a cada dez quilos de ouro, nove são sonegados.

Aqui ele não fala do empresário ou de ninguém em particular. Mas, em seguida, o deputado questiona se o hospital da cidade merece apenas doações de donos de mineradoras, ou um investimento mais consistente na saúde do município.

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"Nós temos um exemplo aqui em Poconé, que temos garimpos dentro da cidade. Como está a arrecadação de Poconé? Como está a qualidade de vida de Poconé? Vale a pena investir em ouro? Qual o retorno disso para a população em termos de qualidade de vida e investimento em educação e saúde? O dono da mineração aporta todo um recurso no hospital. Será que é essa a parte que a população vai ganhar?", questiona.

Valdinei é sócio-proprietário da Fomentas Mining Company, que anunciou a suspensão dos repasses de doações voluntárias à unidade hospitalar, no dia seguinte à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. A empresa era a única doadora ao hospital. O recurso, de cerca de R$ 25 mil, ajudava o hospital a comprar remédios para os pacientes.

O empresário apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez uma doação de R$ 10 mil para a campanha do candidato da direita, mas, em Poconé, Lula foi o candidato mais votado.

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