VICTOR REAL
Da Redação
O secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Padeiro, afirmou, na tarde desta quinta-feira (3), que até o momento não houve retorno de órgãos do Governo Federal para às obras propostas no trecho do Portão do Inferno em Chapada dos Guimarães.
"O projeto está em análise lá. Fizemos o protocolo de todo o projeto tanto no Ibama, quanto no ICMBio, quanto no Iphan", assegurou durante evento do Governo do Estado para inauguração da ampliação da Avenida Parque do Barbado.
O pedido de "retaludamento" no paredão do Portão do Inferno, um corte com remoção das terras que formam a escarpa do paredão, está em análise no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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O presidente do ICMBio, Mauro Pires, afirmou que o órgão montou uma força-tarefa com o Ibama e o Iphan para analisar a proposta. O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que está feliz com o esforço conjunto, mas alertou que a demora da resposta faz o "tempo conspirar contra nós".
A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) propôs que seja feito um "retaludamento" no paredão do Portão do Inferno como solução aos deslizamentos de rochas e sedimentos da escarpa. Na prática, seria feito um corte com retirada da massa de terra da escarpa, recuando a pista da rodovia MT-251, onde hoje há riscos de deslizamentos.
Laudos geológicos contratados pelo governo apontam fissuras e rachaduras tanto na parte superior do paredão, como na parte inferior, que pode comprometer a estrutura do viaduto na encosta do precípio. Consequentemente, o trânsito na rodovia seria inviabilizado. Por isso, a fala do governador de que o tempo conspira contra todos.
O paredão, que fica fora da parte da rodovia MT-251, integra o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. O ICMBio é o responsável por autorizar as ações de intervenção, enquanto o Ibama é responsável pela licença ambiental. Já o Iphan é responsável por um sítio arqueológico que fica atrás do Paredão do Inferno.
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