MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Uma possível fusão com o PSL é bem vista por deputados estaduais do DEM em Mato Grosso.
A criação do novo partido é feita em negociações entre os presidentes nacionais Luciano Bivar e ACM Neto, respectivamente, e ainda está emperrada por detalhes sobre o comando da agremiação nos Estados.
A expectativa é de que a fusão seja anunciada oficialmente em 21 de setembro, terça-feira.
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O PSL é o partido com maior número de deputados federais: 53, o mesmo que o PT.
O DEM tem outros 28 parlamentares na Câmara.
Somados, considerando que não haja desfiliações no processo de fusão, chegariam a 81.
O número colocaria o novo partido em um patamar de bancadas partidárias de antes de 2014.
De lá para cá, nenhum partido teve mais de 68 cadeiras na Câmara.
Se mantiver a bancada, a nova sigla deve abocanhar uma parcela maior do Fundo Eleitoral em 2022, o que pode ser primordial para as campanhas nos Estados.
Além disso, a bancada também é utilizada para calcular o tempo de televisão e rádio na disputa.
“Eu acho que seria bom, mas eu não sei se vai acontecer, porque eu conversei com o senador Jayme Campos e parece que existe ainda muitos pontos divergentes, sobretudo sobre o comando. É aquela história: 'vamos fundir, mas quem manda sou eu'. Aí o outro lado: 'vamos fundir, mas quem mandou seu'. É fácil, né? Aí fica o impasse”, disse o deputado estadual Eduardo Botelho (DEM).
“Eu acredito que antes da eleição não sai mais”, pontuou.
A conversa passa pela definição do Código Eleitoral que valerá em 2022. Caso as coligações não sejam ressuscitadas, haveria incentivo para fusão de partidos como a negociação entre democratas e pesselistas.
O deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM), que já foi presidente estadual do partido, também vê como positiva a junção.
O PSL tem quatro cadeiras na Assembleia, enquanto o DEM tem apenas duas.
“Eu vejo que o partido acrescenta um pouco mais. Sempre fui a favor de atrair lideranças para dentro do partido... significa que os quatro deputados estaduais, caso tenha uma fusão com o DEM, permaneçam nessa fusão. Para nós seria importante. Acho que quanto mais lideranças vierem para dentro do partido, melhor. Foi esse o trabalho que eu fiz quando presidente, trazendo várias lideranças, crescendo o partido dentro do Estado de Mato Grosso”, avaliou Dilmar.
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