ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Em protesto realizado na manhã desta terça-feira (05) agentes do socioeducativo pedem a prisão e a cassação do mandato do vereador do tenente-coronel PM Marcos Paccola (Republicanos), que matou Alexandre Miyagawa de Barros com disparos de arma no centro de Cuiabá.
A manifestação ocorre na frente da sede da Câmara Municipal de Cuiabá e também conta com a participação dos familiares do agente socioeducativo alvejado, que era conhecido como "Japão".
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Organizado pelo Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo (SINDPSS), os agentes estão vestidos de preto em sinal de luto pela morte do colega e levantam cartazes cobrando justiça, além de ação forte da Câmara.
O presidente do sindicato, agente socioeducativo Paulo Cesar de Souza, pede também que a Câmara faça o afastamento do vereador Paccola.
"O vereador não tem atribuição de polícia, então nós estamos aqui para documentar com o presidente da Câmara para que ele tome todas as providências e que siga o regimento da casa em relação ao ato que esse vereador cometeu. Já imaginou se todos os vereadores saírem fazendo o que ele fez? Isso é inadmissível para os munícipes cuiabanos", destacou.
"Japão" foi morto por disparos efetuados por Paccola na noite da última sexta (04), próximo ao bar e restaurante Choppão, na região Central de Cuiabá.
Para a imprensa, Paccola apresentou a versão de que realizou os disparos depois de ver Japão discutindo com a namorada Janaína Sá e sacar uma arma em seguida.
"Ela estava de frente para ele. Quando ele abaixou a arma, eu verbalizei para largá-la por três, quatro ou cinco vezes, não consigo lembrar. Era para ele ter abaixo a silhueta e colocado a arma no chão, mas ele não obedeceu a ordem. Naquele momento, entendendo que ele já ia atirar nela ou naquele movimento de giro para atirar em mim, eu fiz os disparos para neutralizar aquela injusta agressão", detalha.
A vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou um pedido de afastamento e também de cassação do mandato do vereador pela morte do agente socioeducativo.
A morte de Alexandre segue sob investigação da Polícia Civil.
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