MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Deputados estaduais ressuscitaram um projeto de decreto legislativo (PDL) de 2017 que pretende acabar com a criação do parque estadual Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade.
Mais de quatro anos depois, em janeiro de 2022, o PDL voltou a tramitar. Foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) sob relatoria da deputada Janaina Riva (MDB) e com apoio de Wilson Santos (PSD).
O PDL nº 2 começou a tramitar em 2017. À época, houve forte reação negativa por parte do Ministério Público Estadual (MPE) e também por organizações ligadas à defesa do meio ambiente, e o projeto acabou sendo retirado de pauta, depois de ser aprovado em primeira votação.
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Deputados estaduais ressuscitaram um projeto de decreto legislativo (PDL) de 2017 que pretende acabar com a criação do parque estadual Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade.Mais de quatro anos depois, em janeiro de 2022, o PDL voltou a tramitar. Foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) sob relatoria da deputada Janaina Riva (MDB) e com apoio de Wilson Santos (PSD).O PDL nº 2 começou a tramitar em 2017.
À época, houve forte reação negativa por parte do Ministério Público Estadual (MPE) e também por organizações ligadas à defesa do meio ambiente, e o projeto acabou sendo retirado de pauta, depois de ser aprovado em primeira votação.Após reclamações de bastidores, o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União Brasil) retirou o projeto da pauta da última quarta-feira (13)."É realmente um tema polêmico.
Lembrando que é um parque binacional, começa em Mato Grosso, mas tem também na Bolívia uma área grande, e não dá para que a gente vote o tema de qualquer maneira. Isso deve ficar para o próximo ano, isso não deve ser tratado a toque de caixa, às vésperas de um processo eleitoral, porque ele vai estar viciado em um processo eleitoral. A Serra de Ricardo Franco tem que ser prioridade para Mato Grosso no âmbito do meio ambiente, não no âmbito da produtividade", disse o deputado Allan Kardec (PSB).
O parque tem 158.620 hectares e foi criado por decreto estadual em 1997. Contudo, até hoje, a situação fundiária de quem ocupa parte da área do parque não foi regularizada.Ainda na gestão de Pedro Taques, o governo assinou Termo de Ajustamento de Compromisso (TAC) para regularizar a área. O TAC dava três anos para que o Estado retirasse os grileiros que ocupam indevidamente parte do parque.Há também casos de ocupações legais, nos quais o Estado deve ressarcir os proprietários.
O deputado Lúdio Cabral (PT) lembrou que mudanças desse tipo sobre unidades de conservação só podem ser feitas por meio de projeto de lei, e não decreto legislativo. E criticou a proposta de validar invasões feitas à área."O parque existe há quase 30 anos. Não tem sentido um projeto que está engavetado há cinco anos na Assembleia vir à luz novamente para ser colocado em segunda votação.
Até porque há um questionamento regimental. Um projeto que passou pela primeira votação numa legislatura e passou pela segunda votação numa segunda? Há interesse eleitoral, há interesse econômico, mas se a Assembleia aprovar isso está dando mau exemplo para a população e dizendo o seguinte: Unidades de conservação, pode invadir, pode ir para cima porque quando o fato estiver consumado a gente revoga aqui por decreto legislativo o ato que instituiu essa unidade de conservação? Está errado", avaliou.
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João Ângelo Mondini 15/04/2022
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