Reprodução

ALLAN PEREIRA

O produtor rural e deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou se sentir feliz com a alta no preço do leite.

"Não sei quem é a culpa, mas estou muito feliz com a alta do leite para o produtor. Hoje, o produtor está conseguindo ter o preço que pode alcançar o custo.  O leite é o único produto que o produtor não sabe quando vai receber", diz.

Leia mais:

Cattani foi motivo do presidente da Funai ter se encontrado com indígenas em 3 anos de gestão

O preço de um litro de leite integral em Mato Grosso está batendo R$ 8 e chegando até R$ 10 em alguns supermercados. A alta vem em um momento de aumento da pobreza em Mato Grosso. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que mais de 20% da população do estado vive com renda média de R$ 467 por mês e que a pobreza aumentou 4% entre 2019 e 2021. 

Cattani explica que o produtor de leite só recebe depois de ter repassado o produto.

"O produtor de leite, quando você vai comprar uma camisa numa loja, quem dá o preço é o lojista. Em todo o comércio é feito assim; para o produtor de leite, não. O produtor de leite não sabe quanto vai receber, Ele entrega com 30 dias e recebe no vigésimo dia subsequente, mas é o que o laticínio pagar por ele, baseado no índice da indústria", diz.

Logo em seguida, disse que "uma dose de cachaça dava para comprar dois litros de leite".

"Então, hoje, o produtor de lei está sendo valorizado. Obviamente, tem um impacto na cesta básica e o leite é alimento básico e essencial e fica pesado para o consumidor. Já estava beirando ai R$ 7. Hoje, 8. E o produtor ganhando de R$ 1,20 a R$ 1,30. Hoje está ganhando R$ 2,70 ou R$ 2,80, com possibilidade de chegar a R$ 3", diz.

Como produtor de leite em Nova Mutum e presidente da chamada CPI do Leite, que investiga possíveis infrações de ordem econômica na cadeia produtiva do leite e seus derivados, Cattani comemorou a alta.

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.