MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Pelo menos cinco empresários com atuação em Mato Grosso podem ser convocados para depoimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Os quatro homens e uma mulher são suspeitos de financiar atos antidemocráticos depois da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Os requerimentos serão apreciados pela CPMI na próxima semana. Os produtores rurais Edilson Antonio Piaia, Argino Bedin, Leandro Pedrassani, José Carlos Pedrassani e Roberta Bedin são alvos de requerimentos para depoimento.
Além dos possíveis depoimentos, Edilson Piaia e Argino Bedin são ainda alvos de pedidos de quebra do sigilo bancário, apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
Leia mais:
Mato-grossense da bomba do aeroporto deve ser ouvido na CPI do 8 de janeiro
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) solicitou a oitiva dos cinco empresários do agronegócio na condição de testemunhas. Ela é a relatora da CPMI e busca investigar os atos antidemocráticos que tiveram início após a eleição de Lula, com bloqueios de estradas feitos por apoiadores de Bolsonaro, escalaram em quebra-quebra e tentativa de atentado a bomba em dezembro, e culminaram no 8 de janeiro.
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) também pediu depoimentos de Edilson Piaia e Argino Bedin.
Veras destaca que os dois tiveram contas bloqueadas por decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob suspeita de financiamento dos atos antidemocráticos.
No caso de Piaia, ele se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, durante a campanha eleitoral de 2022 para levantar recursos na tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro.
Carretas da empresa de Edilson Piaia foram vistas na manifestação que montou acampamento em frente à 13ª Brigada do Exército em Cuiabá.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.