MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O Estado pretende adotar câmeras nas fardas dos policiais militares, em especial para o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
O deputado Elizeu Nascimento (PSL), que é sargento aposentado da PM, afirmou que a medida “engessa” a ação dos policiais.
O uso de câmeras para monitorar a atividade dos policiais foi iniciativa do Estado de São Paulo.
De maio para junho deste ano, a queda nas mortes por intervenção policial foi de 54%, nos 134 batalhões paulistas.
E nenhuma morte foi registrada nos 18 batalhões que usaram câmeras.
“Cada um tem sua forma de agir. Existe profissionalismo para julgar, condenar, investigar, e até na questão pericial, temos profissionais suficientes para isso, em caso de erro ou arbitrariedade por parte do policial. Não creio que seja esse o caminho. É a mesma coisa que engessar o policial”, disse o bolsonarista Elizeu.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, as mortes decorrentes de intervenções policiais cresceram 76% em Mato Grosso, de 2019 para 2020.
O número foi de 73 mortes provocadas por policiais em 2019, subindo para 130 em 2020.
"Há outras formas, de treinamento, palestra, ensinamentos, em caso de ações errôneas por parte do profissional. Estou falando de coração bem aberto porque há poucos dias eu ainda estava na farda. Isso pode trazer um prejuízo para o policial", defendeu o deputado.
Elizeu Nascimento, que atuou boa parte da carreira no batalhão da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), afirmou ainda que a medida "joga o policial para baixo, reduz a autoestima, é como se fosse um robô trabalhando ali".
O deputado trabalha em um requerimento para o Comando-Geral da PM ,solicitando informações sobre a possível compra e uso das câmeras.
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