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POLÍTICA Segunda-feira, 25 de Julho de 2022, 17:34 - A | A

25 de Julho de 2022, 17h:34 - A | A

POLÍTICA / MORTE DE "JAPÃO"

Câmara recebe inquérito do caso Paccola e deve decidir afastamento na próxima semana

Vereador foi indiciado por homicídio qualificado de contra agente socioeducativo e também enfrenta processo de cassação

ALLAN PEREIRA
Da Redação



Após solicitar junto a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Câmara Municipal de Cuiabá recebeu hoje (25) o inquérito policial do homicídio do agente socioeducativo Alexandre Myagawa de Barros, mais conhecido como "Japão", que levou ao indiciamento do vereador e tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) por homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O inquérito foi entregue primeirante ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, vereador Chico 2000 (PL), que deve emitir um parecer para o pedido de afastamento de Paccola.

Leia mais:

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Delegados: Paccola gera risco social ao defender tiro pelas costas e que "importante é matar"

Segundo Chico 2000, a CCJ vai dedicar essa semana a leitura do inquérito e emitir o parecer para ser lido na primeira sessão ordinária depois da volta do recesso, marcada para 2 de agosto.

"Não acredito em sessão extraordinária. Não podemos brincar com um assunto. A CCJ deve ter um posicionamento muito bem estabelecido juridicamente para evitar qualquer possibilidade de reversão amanhã", disse à imprensa.

Em seguida, o parecer deve ser encaminhado para Comissão de Ética para análise do pedido de cassação de Paccola.

Chico 2000 explica que, no processo de cassação, Paccola terá o direito a ampla defesa e o contraditório por um prazo de 15 dias contados a partir da abertura da leitura do processo de cassação.

Após feita a sua defesa, a Comissão de Ética faz a análise do conjunto e conclui o seu parecer e que será colocado em plenário para votação", resume.

O inquérito policial da DHPP está sob análise do Ministério Público, que, além de fazer mais investigações e ouvir mais pessoas, pode colocar mais agravantes contra Paccola.

Alexandre foi morto por disparos de arma de fogo efetuados por Paccola em plena via pública, no bairro Quilombo, na Capital. O homicídio ocorreu na noite de 1º de julho.

De acordo com a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alexandre foi atingido por três disparos de arma de fogo e não teve tempo de esboçar qualquer reação de defesa.

Em coletiva de imprensa, Paccola afirmou que deu chance de defesa antes de atirar nas costas do Japão e disse que não faria nada diferente, após analisar a situação posteriormente.

"Não tem absolutamente nenhum procedimento que eu, observando e reobservando a situação, pense que poderia ter agido ou finalizado de forma diferente", disse.

Laudo de necropsia aponta que os três disparos atravessaram o corpo e atingiram órgãos vitais, como pulmão, diafragma, fígado e coração, cujos ferimentos contínuos levaram a perda maciça de sangue.

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