MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), pressionou nesta quinta-feira (23) por uma resposta oficial da Assembleia Legislativa sobre a criação de uma comissão mista para acompanhar a intervenção da Saúde do Estado na capital. A ideia da comissão seria, na prática, investigar a saúde no estado.
A proposta foi feita pela primeira vez por uma comissão vereadores em reunião na Presidência da Assembleia no final de fevereiro, em meio ao julgamento Tribunal de Justiça (TJMT).
A decisão do TJMT, seguindo voto do desembargador Orlando Perri, determinou o acompanhamento da intervenção pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), pelo Ministério Público e pelo prório Judiciário. Os Legislativos, tanto estadual quanto municipal, ficaram de fora da decisão.
O deputado Eduardo Botelho (União), presidente da Assembleia, encaminhou para a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social a missão de avaliar o pedido de Chico 2000. Na comissão, os parlamentares decidiram criar apenas uma comissão de acompanhamento externo, presidida pelo vereador Paulo Araújo (PP).
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"Não responderam oficialmente. Eles simplesmente... não houve uma resposta oficial da Assembleia, e essa oficialização da resposta é que nós estamos cobrando. Me parece que se posicionaram contra lá em uma reunião interna. Se posicionem do jeito que quiserem, no entanto, responda à Câmara. De forma oficial, da mesma forma como a Câmara requereu essa possibilidade. Concedendo ou negando, de forma oficial", disse o presidente da Câmara.
Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, o deputado Lúdio Cabral (PT) afirmou que não há necessidade de criar uma comissão mista. O parlamentar defendeu, porém, que Assembleia e Câmara façam uma agenda conjunta para discutir os caminhos da intervenção.
"Não há razão para negativa. O que a gente precisa é organizar uma agenda entre as duas comissões, eu vou propor isso na próxima reunião nossa, para que a gente marque uma reunião com a Comissão de Saúde da Câmara. Na minha opinião, não há necessidade de se criar uma nova comissão. O que eu acho que é absolutamente possível é a gente construir uma agenda comum entre as duas comissões que já existem. Porque se não... é comissão externa de acompanhamento, tem uma nossa, vai ter uma deles, aí mais uma comissão mista. O que precisa é ter uma agenda comum, de reuniões em comum das duas comissões. É o que eu vou sugerir", adiantou Lúdio.
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